Francisco: cultivar a paz é preciso, mas o verdadeiro agricultor é Deus
Cidade do Vaticano (RV) – O tema da paz esteve no centro do discurso que o
Papa Francisco dirigiu aos membros da Congregação para as Igrejas Orientais e os representantes
da ROACO (Reunião para Obras de Auxílio às Igrejas Orientais), por ocasião de sua
Assembleia Plenária.
O Pontífice falou sua recente viagem à Terra Santa e o
encontro sucessivo de oração, nos Jardins Vaticanos, na presença do Patriarca de Constantinopla,
Bartolomeu, e dos presidentes de Israel e da Palestina. Na ocasião, o Papa recordou
que foi plantada simbolicamente uma oliveira.
“Quem se empenha em cultivar,
não deve esquecer, porém, que o crescimento depende do verdadeiro agricultor, que
é Deus. Não obstante as graves feridas que sofre ainda hoje, a paz sempre pode ressuscitar”,
disse Francisco, agradecendo aos presentes por colaborarem com a caridade para esse
“canteiro de obras”.
Com a caridade e a unidade, disse ainda o Papa, será possível
combater as discriminações que ainda persistem contra os cristãos. Mas com o apoio
de toda a Igreja, Francisco está certo de que poderão “preservar a certeza de que
o fogo de Pentecostes e a potência do Amor podem deter o fogo das armas, do ódio e
da vingança”.
De modo especial, o Papa expressou sua solidariedade aos irmãos
e irmãs da Síria e do Iraque, e aos países onde a ROACO atua, como Ucrânia e Romênia,
agradecendo pelo auxílio que prestam a deslocados, refugiados, marginalizados e jovens.
E em vista do Sínodo sobre a Família, em outubro, o Pontífice conclui pedindo
que os membros da ROACO priorizem também este âmbito, à luz da Exortação apostólica
Ecclesia in Medio Oriente. Com efeito, recordou, a Santa Família de Nazaré
viveu “a dor da perseguição, da emigração e do duro trabalho cotidiano”, e portanto
nos ensina “a confiar no Pai, a imitar Cristo e deixar-se guiar pelo Espírito Santo”.