Iraque: Sínodo da Igreja caldeia pede o dom da paz
Ankawa (RV) - Teve início nesta terça-feira, em Ankawa, a poucos quilômetros
de Erbil, no Curdistão iraquiano, o Sínodo anual da Igreja caldeia.
O sínodo
foi aberto com a celebração eucarística presidida pelo Patriarca de Babilônia dos
Caldeus, Dom Louis Raphael I Sako.
Durante a celebração eucarística os bispos
caldeus e todos os presentes invocaram o dom da paz para o Oriente Médio, começando
pelo Iraque, que está caminhando em direção a uma guerra civil, iniciada com a ofensiva
dos milicianos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS).
Participam
do sínodo os bispos caldeus provenientes do Iraque, Líbano, Síria, Irã, Canadá, Estados
Unidos e Austrália. Os trabalhos se concluirão no próximo sábado, 28 de junho, e será
publicada uma declaração final.
Inicialmente, o Sínodo da Igreja caldeia
deveria se realizar em Bagdá, e abordar temas relativos à vida interna da Igreja,
como a escolha de novos bispos para as sedes episcopais vacantes e a beatificação
dos arcebispos mártires do século XX. A pedido do Patriarca Sako tinham sido inseridos
também a crise das vocações sacerdotais, a valorização dos leigos e a criação de uma
Liga caldeia sob o modelo das Ligas maronita, síria e grega.
O desenvolvimento
dramático da situação iraquiana causou a mudança da sede do encontro para essa cidade
do Curdistão iraquiano, numa região não afetada pelo conflito para facilitar a participação
dos bispos no norte do Iraque.
Segundo o porta-voz do Patriarcado caldeu, Pe.
Albert Hisham, "a nova situação que se criou no Iraque levará os bispos a refletirem
sobre as novas emergências que marcam as comunidades cristãs e de todo o país". (MJ)