2014-06-23 17:38:35

A Semana do Papa – uma síntese das principais atividades de 16 a 22 de junho


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Dia 16
O Papa Francisco recebeu em audiência na segunda-feira, dia 16, os participantes no Congresso “Investing for the Poor” (‘investir para os pobres’), organizado pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz. Nas palavras que lhes dirigiu, o Papa elogiou esta iniciativa de investimento responsável e de solidariedade para com os pobres e excluídos, que estuda formas inovadoras de investimento que possam trazer benefícios às comunidades locais e ao meio ambiente, para além de um lucro justo.
Recebeu também na manhã de dia 16 o arcebispo de Cantuária Justin Welby, Primaz da Comunhão Anglicana. O Papa Francisco declarou pedir ao Senhor para que este encontro contribua para reforçar os elos de amizade e o empenho pela grande causa da reconciliação e da comunhão entre os crentes em Cristo.

Dia 17
Na manhã de terça-feira dia 17 o Papa Francisco em Santa Marta afirmou que: “Os corruptos matam e a única saída possível é o arrependimento”:

“A primeira coisa na definição de corrupto é que é alguém que rouba, alguém que mata. A segunda coisa: o que acontece aos corruptos? ...porque exploraram os inocentes, aqueles que não podem defender-se e fizeram-no com luvas brancas, à distância, sem sujarem as mãos. A terceira coisa: há uma saída para os corruptos? Sim! ‘Quando ouviu tais palavras, Acab rasgou as suas vestes e vestiu um saco sobre o seu corpo e jejuou’... Começou a fazer penitência.”


No final da manhã de terça-feira, dia 17, o Papa Francisco recebeu os 280 membros do Conselho Superior da Magistratura Italiana e pediu-lhes isenção e prudência no exercício dos seus cargos:

“Entre todas as qualidades, a que é dominante, específica do magistrado, é a prudência: uma virtude que leva a ponderar com serenidade as razões de direito e de facto que devem estar na base do juízo.”



Dia 18
Na audiência geral de quarta-feira, dia 18 de junho, o Papa Francisco propôs o início de um novo ciclo de catequeses que terá como tema a Igreja. Desde logo, o Santo Padre deixou claro que a Igreja não é uma ONG mas uma família aberta a toda a humanidade:

“... hoje começo um ciclo de catequeses sobre a Igreja. É um pouco como um filho que fala da própria mãe, da própria família. A Igreja não é uma instituição com um fim em si própria ou uma ONG, nem muito menos se deve restringir ao clero e ao Vaticano... A Igreja é uma realidade mais ampla, que se abre a toda a humanidade.”

A Igreja foi fundada por Jesus Cristo, mas a sua preparação na história começou muito antes – sublinhou o Papa Francisco. Com Abraão, Deus dá início a um povo que levará a sua bênção a todas as famílias da terra. Um povo no qual nascerá Jesus.

“O Senhor sustente as pessoas e as instituições que trabalham com generosidade para assegurar aos refugiados acolhimento e dignidade dando-lhes motivos de esperança.”

Dia 19
No final da tarde de quinta-feira, dia 19, o Papa Francisco presidiu à Missa da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, na Basílica de S. João de Latrão e afirmou que o alimento que nos nutre verdadeiramente e que nos sacia é apenas aquele que nos dá o Senhor:

“Mas o alimento que nos nutre verdadeiramente e que nos sacia é apenas aquele que nos dá o Senhor! O alimento que nos oferece o Senhor é diferente dos outros e talvez não nos pareça tão gostoso como certas comidas que nos oferece o mundo. Então sonhamos outras refeições, como os hebreus no deserto, os quais tinham saudades da carne e das cebolas que comiam no Egito, mas esqueciam que aquelas refeições comiam-nas à mesa da escravidão.”

O Santo Padre questionou se queremos comer na mesa do Senhor ou na escravidão e chamou a atenção para a procissão com o Santíssimo Sacramento que se seguiu à Missa afirmando que a Hóstia consagrada é o nosso maná mediante o qual o Senhor nos dá a si próprio:

“A Ele nos dirigimos com confiança: Jesus, defende-nos das tentações da comida mundana que nos torna escravos: é alimento envenenado; purifica a nossa memória, para que não fique prisioneira na seletividade egoísta e mundana, mas seja memória viva da sua presença ao longo da historia do seu p ovo, memória que se faz memorial do seu gesto de amor redentor.”

Dia 20
O Papa Francisco recebeu no dia 20, sexta-feira, no Vaticano os participantes num congresso internacional organizado pela LUMSA, uma universidade de inspiração católica sediada em Roma. O tema desse congresso foi a liberdade religiosa segundo o direito internacional e o conflito global dos valores. O Santo Padre na mensagem que dirigiu na ocasião considerou que é “incompreensível e preocupante que, ainda hoje, subsistam no mundo discriminação e restrições de direitos, pelo simples facto de se pertencer e professar publicamente uma determinada fé”. Afirmou mesmo ser inaceitável esta realidade:

“É inaceitável que persistam até mesmo autênticas perseguições por motivos de pertença religiosa! Isto ofende a razão, atenta contra a paz e humilha a dignidade do homem!”


Também na sexta-feira, dia 20, o Papa Francisco recebeu os participantes da Conferência Internacional de Luta Contra a Droga. Na alocução que propôs afirmou o seu não enérgico à droga:

“A droga não se vence com a droga! A droga é um mal, e com o mal não pode haver cedências ou compromissos”.


Logo pela manhã bem cedo na sexta-feira, dia 20, o Papa Francisco na Missa matinal na Capela da Casa de Santa Marta afirmou que Jesus quer que o nosso coração seja livre do dinheiro, da vaidade e do poder. O Santo Padre declarou o amor, a paciência, o serviço aos outros e a adoração a Deus como sendo os tesouros luminosos que nos permitem ter um coração livre e apontou o dinheiro, a vaidade e o poder como os tesouros terrenos que nos roubam a liberdade escravizando o coração:


“ Aqui está a mensagem de Jesus. Se o teu tesouro está nas riquezas, na vaidade, no poder, no orgulho, o teu coração será acorrentado ali! O teu coração será escravo das riquezas da vaidade, do orgulho. E aquilo que Jesus quer é que nós tenhamos um coração livre. Esta é a mensagem de hoje. Por favor, tenham um coração livre, diz-nos Jesus. Fala-nos na liberdade do coração. E ter um coração livre pode-se ter apenas com os tesouros do céu: o amor, a paciência, o serviço aos outros, a adoração a Deus. Estas são as verdadeiras riquezas que não são roubadas. As outras riquezas pesam no coração, acorrentam-no, não lhe dão liberdade!”

Dia 21
No sábado 21 de junho o Papa Francisco fez uma visita pastoral ao sul de Itália, mais concretamente à cidade de Cassano allo Ionio na região da Calábria. Ali, numa terra marcada pelo fenómeno da Mafia, o Santo Padre encontrou-se com presos, doentes, crianças, padres, idosos e jovens. Na missa conclusiva da visita celebrada com a participação de uma imensa multidão o Papa Francisco afirmou, na homilia da solenidade do Corpo de Deus, que a máfia é a "adoração do mal e o desprezo pelo bem comum". “Nós adoramos o Senhor nosso Deus!. Quando se adora o dinheiro abre-se caminho ao pecado, ao interesse pessoal e à prepotência.”

Dia 22
No domingo dia 22 de junho o Papa Francisco no Angelus Dominical recordou que no próximo dia 26 de Junho celebra-se o Dia das Nações Unidas para as Vítimas da Tortura, e exprimiu a sua forte e firme condenação de todos tipos de tortura no mundo:

“Por esta circunstância, reitero a minha firme condenação de qualquer forma de tortura e convido os cristãos a empenharem-se para colaborar na sua abolição e para apoiar as vítimas e os seus familiares. Torturar as pessoas é um pecado mortal, um pecado muito grave!”

E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 16 a 22 de junho. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS)

Foto: Papa pronunciando homilia, domingo, em Síbari, na visita à diocese de Cassano, Calábria







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