2014-06-20 15:22:43

Papa na Coreia: “uma viagem vinda do céu”


Seul (RV) – “Uma viagem vinda do Céu”: assim Dom Lázaro You Heung-sik, Bispo da Diocese de Daejeon, define a viagem que o Papa Francisco realizará à Coreia de 14 a 18 de agosto próximo. Falando em entrevista à agência de informação da Conferência Episcopal Italiana, SIR, o prelado destaca o que levou o Papa a decidir realizar esta viagem. Foi o próprio Dom Lázaro quem convidou o Papa a viajar até Coreia e quando em abril o bispo encontrou o Santo Padre em Roma lhe disse: “’Santidade não esperava mesmo que o senhor viesse até a Coreia. Recebo esta notícia como um milagre de Deus’. E o Papa me confidenciou: ‘Mas Dom Lázaro, foi o senhor que me escreveu. E eu lendo sua carta, senti no coração uma voz forte do Céu que me dizia: dever ir até a Coreia’. É, assim, uma viagem nascida do Céu. Então, respondeu ainda o Papa: ‘Na Coreia foram os leigos os que levaram o Evangelho. Este é o milagre. E tantos coreanos deram sua vida para anunciar e testemunhar o Evangelho. E agora o Céu realiza outro milagre e é este que me leva até a Coreia’. E prosseguiu: ‘realizaremos tantos milagres de Deus na Coreia’”.

Entre os objetivos da viagem: a participação do Papa na Jornada da Juventude asiática; a beatificação de 124 mártires coreanos e a oração pela reconciliação e a paz entre as duas Coreias. “É uma divisão – comenta Dom You – que se arrasta há 70 anos com dois governos e dois sistemas”.

“Vive-se em constante perigo: as duas partes – destaca o bispo – têm suas armas dirigidas uma contra a outra, com a ameaça de uma guerra que pode até mesmo varrer a Coreia da terra. Atualmente a situação entre os dois governos não é fácil. Nós esperamos que se abra até um pequeno caminho”. E acrescenta: “A atual situação entre as duas Coreias não facilita o desabrochar de uma qualquer iniciativa. Estamos trabalhando, por exemplo, para pedir que a Coreia do Norte dê a alguns jovens e a alguns católicos a licença para sair quando estiver o Papa em nossa terra. A presença deles pode representar uma pequena janela para o futuro. Por isso rezo todos os dias. Esperamos. Batemos às portas. Se uma porta se abre...”.

O Bispo esteve em Pyongyang quatro vezes para levar ajudas humanitárias às crianças, idosos e doentes. A situação “é dramática. Muitos passam fome, tantos estão doentes, tantos necessitam de tudo para sobreviver. É uma situação que necessita de ajuda humanitária”. O Papa esteve em Jerusalém e conseguiu trazer ao Vaticano os líderes palestino e israelense. A esperança é tão grande também na Coreia? “Como seria bonito! Rezo para que algo semelhante aconteça também na Coreia”. (SP)









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