Iraque: AIS disponibiliza ajuda de emergência para refugiados de Mossul
Bagdá (RV) - A fundação pontifícia "Ajuda à Igreja que Sofre" (AIS) anunciou
nesta quinta-feira, 19 de junho, que decidiu disponibilizar uma ajuda de emergência
de 100 mil euros para os refugiados da cidade iraquiana de Mossul.
Segundo
a instituição, milhares de pessoas fugiram por causa da aproximação dos militantes
jihadistas do ISIS (Estado Islâmico do Iraque e do Levante). Nesse número se incluem
os cerca de 3 mil cristãos que viviam na cidade.
De acordo com o Arcebispo
caldeu de Mosul, Dom Shimon Emil Nona, todos estes cristãos encontram-se agora refugiados
em aldeias próximas a Nínive, em abrigos provisórios que a Igreja tem disponibilizado,
quer em escolas, salas de catequese e até em casas abandonadas.
Para a diretora
de projetos da Fundação AIS, Regina Lynch, "o sofrimento sem fim dos cristãos iraquianos
é uma ferida aberta".
Segundo a Agência Ecclesia, "os cristãos no Iraque têm
de saber que não estão abandonados e que os cristãos no resto do mundo estão com eles,
rezam por eles e, ajudam na medida de suas possibilidades", ressaltou Lynch.
Por
isso, além dos projetos que a AIS já tinha empreendido na região, esta ajuda de emergência
"procura cumprir essa solidariedade".
Em declarações à Fundação AIS, o Arcebispo
de Bagdá dos Latinos, Dom Jean Benjamin Sleiman, fala sobre um ambiente de caos, com
as pessoas tentando sair da cidade com medo da ofensiva do ISIS, estradas bloqueadas
e o aeroporto congestionado até ao final do mês.
O prelado defende o consenso
na sociedade iraquiana de deter o avanço jihadista, caso contrário, "haverá um desfecho
trágico".
"O ISIS tem de ser detido. É preciso que os líderes iraquianos trabalhem
juntos por isso. Isso é mais importante do que conseguir o envolvimento da comunidade
internacional", sustenta.
Dom Sleiman pede orações "pela paz e solidariedade",
e para que se encontre uma solução para esta crise. (MJ/Agência Ecclesia)