2014-06-19 17:27:40

Cassano all'Jonio vive clima de festa à espera do Papa Francisco


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco fará uma visita pastoral, neste sábado, a Cassano all'Jonio, mas a cidade da região italiana da Calábria já está em clima de festa. Pelas ruas e praças, bandeiras e cartazes dão as boas-vindas ao Santo Padre. Trata-se de uma visita esperada há meses e cheia de expectativas, como nos relata o vigário-geral da diocese, Pe. Francesco Di Chiara, entrevistado pela Rádio Vaticano:

Pe. Francesco Di Chiara:- "Penso que o fato de o Santo Padre vir, por si só, constitui uma lição à política que considera nossas terras periferias. Temos uma ferrovia jônia, por exemplo, que no passado desempenhou um papel muito importante de comunicação para toda a zona jônia e que – outro dia ouvia propriamente isso – lentamente é cada vez mais empobrecida e desmantelada... Penso ser uma lição que o Santo Padre dá à política, à sociedade, a fim de que não haja "coisa de descarte", segundo aquela cultura do descarte de que fala o Santo Padre. E isso vale para nós, mas também para as nações a fim de que não haja zonas consideradas de descarte e que todo homem possa viver a sua vida com dignidade. Esperamos que realmente o Santo Padre mexa com as consciências, porque quando a água fica por demais parada, não é bom."

RV: O Bispo de Cassano all'Jonio, Dom Galantino, quis que as despesas fossem assumidas pela diocese e preferiu que não houvesse, por assim dizer, financiadores externos....

Pe. Francesco Di Chiara:- "Quando Dom Galantino nos propôs isso, todos nós sacerdotes ficamos muito contentes. É claro, nosso povo não é rico e tem problemas econômicos, mas esperamos o 'óbolo da viúva'. Em todas as paróquias organizamos coletas durante a missa dominical, e foi pedido um auxílio a quem quisesse dar sua contribuição, fazer uma oferta... Estamos vendo realmente uma grande generosidade! Esse fato de não querer financiamento ou auxílio da política era justamente para mostrar a nossa liberdade como Igreja. Isso para nós é uma alegria! Vejo que isso ajuda muito, ajuda muito o nosso povo a amadurecer, porque uma das chagas de nosso povo é esperar sempre nos outros, esperar que tudo chegue dos outros... Regaçamos pouco as mangas... E esse foi um chamado à responsabilidade feito pelo nosso bispo, e ficamos contentes por isso nós e nosso povo. Não faltam problemas, e o que vejo como o mais grave é certamente o do desemprego juvenil: o compromisso e a iniciativa privada são quase inexistentes. Isso sem falar, obviamente, nas dificuldades pela presença da máfia... Mas a Calábria é uma terra onde há muita gente honesta, que trabalha, que estuda..." (RL)







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