2014-06-18 12:54:45

Paquistão: país perigoso para minorias religiosas


Islamabad (RV) - O Paquistão é um dos países mais perigosos do mundo para as minorias religiosas: é quanto afirma o novo relatório da organização "Minority Rights Group International" (MRG), enviado à Agência Fides. O documento observa que, desde 1980, os ataques contra grupos minoritários (cristãos, hinduístas, muçulmanos xiitas e armadis, e hazaras) estão aumentando e também os “assassinatos mirados” atingiram níveis sem precedentes. “Discursos de ódio contra as minorias são difundidos e circulam livremente”, observa o texto.

O relatório, baseado em cifras oficiais e pesquisas de campo, observa que os ataques contra as comunidades xiitas e hazaras estão em um “nível preocupante” (700 xiitas mortos em 2013) e critica a resposta “totalmente inadequada” do governo paquistanês, que “deve enviar uma mensagem clara, mostrando que tais ataques são inaceitáveis e não ficam impunes”, afirma o MRG.

“Fechando os olhos para as atrocidades, o governo legitima uma cultura de impunidade entre os grupos militantes, enquanto as minorias vivem com o medo cotidiano. Se os criminosos não são levados à justiça rapidamente, é provável que aconteça mais violência em massa contra os grupos minoritários”.

O relatório afirma que a maioria dos ataques são realizados por três grupos militantes: Sipah-e-Sahaba Pakistan (SSP), Lashkar-e-Jhangvi (LEJ) e Tehreek-e-Taliban Paquistan (TPP). Na mira, há sobretudo, profissionais, médicos, advogados, políticos, empresários, líderes religiosos e ativistas de direitos humanos.

Segundo os ativistas entrevistados pela organização "Minority Rights Group International", esses ataques pretendem desmoralizar e marginalizar cada vez mais as minorias no Paquistão, facilitando a saída delas país. O relatório recorda ainda que o “clima de terror” é alimentado com campanhas de ódio realizadas em mesquitas, escolas, espaços públicos e, cada vez mais nos meios de comunicação social. (SP)








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