2014-06-16 13:46:01

Papa na Albânia: um encontro com o povo


Cidade do Vaticano (RV) - “Uma viagem apostólica, na qual o Papa como Chefe da Igreja Católica encontrará os católicos, mas não só, também todo o povo albanês”: é quanto se lê no comunicado publicado pela Arquidiocese de Tirana - Durres, onde na manhã de ontem, domingo, após o anúncio do Papa de sua viagem à Tirana, realizou-se uma coletiva de imprensa com a participação de Dom Ramiro Molinar Ingles, Núncio Apostólico na Albânia, Dom Rrok Mirdita Arcebispo Metropolitano de Tirana-Durres e do Dr. Albert Nikolla Diretor-geral da Caritas. Na nota se explica que a viagem é uma resposta a um duplo convite feito ao Santo Padre: um dos bispos católicos da Albânia e o outro do Primeiro-Ministro da Albânia, Sr. Edi Rama, que visitou o Vaticano no último mês de abril. É a primeira viagem que o Papa Francisco faz a um país europeu. “Papa Francisco - continua o comunicado - escolheu visitar a Albânia como o país de mártires da fé e o país onde há uma convivência religiosa admirável”. A Igreja Católica nomeou duas pessoas que irão coordenar esta visita: Dr. Albert Nikolla, Coordenador-geral da visita do Papa e Padre Gjergj Meta, responsável pela Imprensa. A Rádio Vaticano conversou com Pe. Meta:

R. - O desejo era grande! O Papa tinha sido já convidado várias vezes no passado, tanto Bento XVI como Francisco. As redes sociais e todos os meios de comunicação manifestaram grande entusiasmo pela expectativa despertada pelo anúncio da visita do Papa à Albânia. Creio que se trate de um momento histórico para nós, no sentido que também nós estamos muito mais próximos da Europa. Como católicos, nos sentimos encorajados e incentivados porque o Supremo Pastor da Igreja vem nos confirmar na fé. As paróquias irão se preparar para este evento, junto com as comunidades eclesiais, as comunidades de religiosos, com todo o povo. Vão se preparar espiritualmente para encontrar Pedro no dia 21 de setembro.

P. - Quais seriam as razões que convenceram o Papa Francisco a ir à Albânia?

R. - O Papa diz muito claramente: ele vem para encontrar a população albanesa, que teve muitos mártires, mas também uma história conturbada que a viu sofrer muito, não só durante o regime comunista, mas também nestes anos de liberdade, de liberdade religiosa, de liberdade social, de liberdade de expressão e pensamento. O Papa vem para nos encorajar a continuar e a seguir em frente. Isso é uma coisa importante para nós! O Papa é também o homem das periferias, é também o homem do encontro, o homem do diálogo e, certamente, a Albânia, nesse sentido, fornece um modelo, um modelo de diálogo pelo seu pluralismo religioso, como também o cultural num certo sentido. O Papa vem para promover, mas também para transmitir uma cultura do encontro, do encontro entre diferentes, entre culturas diferentes, entre religiões diferentes, aqui na Albânia. E - por que não? - o que o Papa encontrará aqui certamente o promoverá como um valor importante também para o futuro da Europa. Então eu acho que essas sejam as duas razões principais: o Papa vem visitar a terra dos mártires, a terra de uma Igreja sofredora, de uma comunidade social sofredora, para incentivá-la a continuar e ir para frente, mas também para encorajar esse modelo de convivência religiosa e social na Albânia. (SP)







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