2014-06-12 18:04:05

Trabalho infantil - Entrevista com Furio Rosati, responsável pelas questões juvenis da OIT. Ouça


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Da responsabilidade da comunidade internacional fala a Organização Internacional do Trabalho (OIT). "Existem 168 milhões de crianças – faz saber a OIT - forçadas ainda a trabalhar, das quais 85 milhões em trabalhos extremamente perigosos".
Das condições destas crianças, fala Furio Rosati, responsável pelas questões juvenis da OIT:

A maior parte destas crianças trabalha porque pertence a famílias muito pobres ou que estão expostas a riscos de vários tipos: da impossibilidade de produzir renda, porque os adultos estão doentes, ou a riscos atmosféricos ou de outro tipo. Portanto, um sistema de protecção social que garanta um mínimo de recursos para as famílias mais vulneráveis permite a estas crianças de ir à escola e de não ter que ser forçadas a contribuir para a produção da renda da família.
Elas estão expostas a riscos: pensemos nas crianças que trabalham na agricultura, onde são forçadas a utilizar ferramentas perigosas ou substâncias químicas nocivas. As crianças que trabalham na indústria são, obviamente, expostas aos riscos específicos das diferentes produções; as crianças que trabalham no comércio, nos hotéis, trabalham longas horas, estão expostas ao risco de exploração também do ponto de vista sexual, sobretudo as meninas que trabalham em contacto com o público nos hotéis, restaurantes, lojas e assim por diante.

Deve-se também dizer que, em relação aos números, a situação melhorou nos últimos anos: de 2008 a 2012 as crianças que trabalhavam diminuíram de quase um quarto (de 215 para 178 milhões) e o número de meninos e meninas empregados em tarefas perigosas foi reduzido para metade (de 171 para 85 milhões). Mas não é suficiente:

necessidade de renovar os esforços e de incrementá-los, porque a comunidade internacional se tinha dado o objectivo de 2016 para a eliminação das piores formas de trabalho infantil: é uma meta que parece muito difícil de alcançar. Em geral, para todos os países que aderiram às Convenções internacionais sobre o trabalho infantil, o trabalho infantil é ilegal e deveria ser eliminado. E depois, há crianças e adolescentes que são envolvidos directamente em actividades ilegais: da venda de drogas à exploração comercial-sexual, e assim por diante.







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