2014-06-11 20:42:44

Sínodo greco-católico ressalta unidade e solidariedade dos ucranianos


Kiev (RV) - «Pedimos a vocês para continuarem a rezar pela paz na Ucrânia, pela paz e a reconciliação baseada na justiça. Como cristãos, acreditamos que cada pessoa que demostra solidariedade para com os sofredores será abençoada e receberá abundantes graças de Deus. O Senhor dá dignidade através das bênçãos e as vossas bênçãos da Ucrânia são capazes de transformar, ajudam a transfigurar um povo em peregrinação». Com estas palavras se conclui a mensagem enviada aos fiéis pelos membros do Sínodo Permanente dos Bispos da Igreja Greco-católica ucraniana, reunidos de 4 a 6 de junho em Kiev.

No documento, assinado pelo Arcebispo Maior de Kyiv-Haly, Sviatoslav Shevchuk, são enumerados os principais acontecimentos dos últimos seis meses, “acontecimentos dramáticos, às vezes trágicos, mas no final, vivificantes”. A Ucrânia é vista como uma nação que viveu uma longa peregrinação, do medo à dignidade e à integridade, durante a qual a solidariedade moral e espiritual dos fiéis se revelou crucial para os cidadãos e para as Igrejas. Meses em que – segue a mensagem – a voz dos cristãos (ortodoxos, católicos, protestantes), dos judeus, dos muçulmanos, foi uníssona, na defesa dos direitos dos cidadãos e contra a violência e a favor do diálogo, único modo legítimo para resolver a crise política e social. Somos agradecidos a todos os nossos irmãos e irmãs na fé por esta unidade profética”.

Os bispos greco-católicos recordam ter dirigido ao Papa Francisco especiais manifestações de gratidão por ter apoiado com a oração e exortações o desejo de paz e de justiça na Ucrânia. “Hoje a Ucrânia é um país diferente, a sociedade renovada. A tua contribuição para este renascimento é vital”, escrevem, dirigindo-se aos fiéis.

“A dignidade que os ucranianos desejam não é principalmente material. Eles se referem a uma dignidade dada por Deus, a um respeito devido para a sua própria existência. O direito à auto-determinação, à integridade territorial, cultural e sobretudo eclesial foi brutalmente violado no passado”. Diante dos obstáculos de todo tipo – observa ainda a mensagem – “milhares de ucranianos se manifestaram pacificamente, forjando uma sempre mais forte solidariedade inter-étnica, inter-confessional e intercultural. A Ucrânia é a casa dos grupos de pessoas e de religiões que coexistem pacificamente. A sua sociedade civil renovada defende o próprio país e o bem comum. Juntos os cidadãos ucranianos manifestam o seu “não” à tirania, à ilegalidade, à violência e à irresponsabilidade, pessoal e social, local e internacional”. (JE)










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