Pe. Pizzaballa: "Quando se tem vontade, podem ser dados passos em frente"
Roma (RV) – “É verdade, foi dito que o Oriente Médio não mudará, porém foi
um momento importante que fez entender como, não obstante todas as dificuldades, quando
se quer – e basta querê-lo – podem ser dados passos em frente”. Foi o que afirmou
ao jornal dos bispos italianos ‘Avvenire’ o Custódio da Terra Santa, Padre Pierbattista
Pizzaballa, comentando o encontro de oração realizado no último domingo no Vaticano,
reunindo o Papa Francisco, o Patriarca Bartolomeu I, e os presidentes israelense Shimon
Peres e o palestino Abu Mazen.
Ao falar sobre as reações percebidas em Jerusalém
após o seu retorno, Pe. Pizzaballa observou que “aqui o eco foi mais ‘soft’. As populações
aqui são um pouco céticas quando se fala de paz entre israelenses e palestinos”, “não
porque não se deseje a paz, mas porque após tantos fracassos existe um ceticismo natural.
Dito isto, a atenção pelo evento foi alta, mesmo que tenha diminuído em seguida”
Sobre
as críticas à iniciativa do Papa, o Custódio da Terra Santa afirmou que “ninguém –
e dissemos isto desde o princípio – nunca teve a presunção de acreditar que o evento
de domingo mudará o curso da história política do Oriente Médio. Mas é um modo para
fazer entender a todos – e esperamos que se torne sempre mais consciência pública
– que a paz não se faz somente com acordos políticos mas com um consenso popular que
não pode prescindir, para um crente, da oração e do envolvimento dos líderes e também
das comunidades religiosas”. (JE)