2014-06-11 15:46:13

Na Nigéria os Bispos proclamam seis meses de oração nacional até Dezembro – liberdade, paz, justiça e unidade


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A arma da oração para restaurar a paz na Nigéria, um país atribulado pelas violências do Boko Haram - é a proposta dos bispos católicos na Nigéria, que proclamaram seis meses de oração nacional, a partir de Julho até Dezembro. Os bispos – segundo uma nota do L’Osservatore Romano – sugerem para cada mês uma intenção particular: em Julho a oração para a libertação de todas as pessoas sequestradas; em Agosto por aqueles que sofrem as consequências da violência; em Setembro para os agentes das forças de segurança que perderam a vida ou foram feridos para defender o país; em Outubro para a unidade, a paz e a boa governação; em Novembro pela erradicação da corrupção e a promoção da justiça; em Dezembro pela promoção dos valores familiares, da família e a protecção da vida humana.

Segundo as directrizes emanadas pelo episcopado, a oração será realizada a nível familiar (cada família é convidada a recitar o Rosário na noite de sábado), paroquial e diocesano (rosário e adoração eucarística no último sábado do mês) e a nível nacional, com uma peregrinação, nos dias 13 e 14 de Novembro, ao Centro Ecuménico Nacional de Abuja.

Sobre a importância da oração também se pronunciou o arcebispo de Canterbury, Justin Welby. O primaz anglicano, comentando o seu recente encontro com o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, a quem exprimiu a veemente condenação pelas estudantes sequestradoas pelos combatentes do Boko Haram, também sublinhou de facto que "a coisa fundamental que podemos fazer é rezar. A oração muda as coisas, como cristão, eu estou profundamente convencido disso". O mais importante, disse Welby, é também apoiar o governo local e dar visibilidade à questão nigeriana na cena internacional.

Por seu lado, o cardeal arcebispo de Abuja, John Olorunfemi Onaiyekan, num comunicado à Agência Fides, disse que "o problema do Boko Haram arrisca de minar a unidade das forças armadas nigerianas, sobretudo se se chega ao ponto de interpretar aquilo que acontece no Norte da Nigéria como um confronto religioso entre cristãos e muçulmanos". A imprensa local, citando fontes militares, informou que uma dezena de oficiais superiores e vários militares foram condenados por um tribunal marcial por ter fornecido armas e munições ao Boko Haram. "Eu tenho a certeza - disse o cardeal - que com o tempo conheceremos a verdade sobre este facto. É claro, contudo, que existem simpatizantes do Boko Haram dentro do exército. O meu medo é que a campanha contra o Boko Haram seja vista como um ataque contra o Islão. E Boko Haram quer exactamente isso. Infelizmente, mesmo no campo cristão, existem aqueles que tendem a apresentar a luta ao Boko Haram como um confronto entre cristãos e muçulmanos. É uma visão muito perigosa, que poderia minar a unidade das forças de segurança". RealAudioMP3








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