Espírito Santo é Mestre interior, recorda as palavras de Jesus e conduz-nos aos outros:
Papa na Missa de Pentecostes
Decorre neste
momento, a partir das 10 horas, na basílica de São Pedro, a Missa do Pentecostes,
presidida pelo Papa Francisco, que, na homilia, comelou por sublinhar que a efusão
do Espírito Santo não ficou confinada àquele dia, em Jerusalém, mas é um evento que
continua a renovar-se. Cristo glorificado continua a manter a sua promessa enviando
sobre a Igreja o Espírito vivificante que nos ensina, nos recorda, nos leva a falar.
Ensina, recorda, leva a falar: estas as três acções do Espírito Santo desenvolvidas
pelo Papa na homilia desta missa e por ele recapitulados no final, nos seguintes termos:
“o Espírito Santo ensina-nos o caminho; recorda-nos e explica-nos as palavras de Jesus;
faz-nos rezar e chamar Pai a Deus, leva-nos a aos homens no diálogo fraterno e na
profecia”.
Antes de mais, o Espírito ensina o caminho, é Mestre de vida: “O
Espírito Santo ensina-nos, é o Mestre interior. Guia-nos pelo justo caminho, através
das situações da vida. Ensina-nos o caminho.
Nos primeiros tempos da Igreja
– recordou o Papa – o Cristianismo era chamado “a Via”, o caminho, que é Jesus. Mais
do que mestre de doutrina, o Espírito é um mestre de vida. Por outro lado, o Espírito
Santo recorda-nos tudo o que Jesus disse. É a memória viva da Igreja.
Não é
só uma questão mental, de palavras a fixar. É um aspeto essencial da presença de Cristo
em nós e na Igreja. O Espírito de verdade e caridade faz-nos entrar cada vez mais
plenamente no sentido das suas palavras.
Um cristão sem memória não é um verdadeiro
cristão, é um prisioneiro do momento, que não sabe… viver a sua história como história
de salvação… Com a ajuda do Espírito Santo, podemos interpretar as inspirações interiores
e os acontecimentos da vida à luz das palavras de Jesus”.
As intenções da oração
dos fiéis foram, como sempre, expressas em diversas línguas. Pela Igreja, rezou-se
em aramaico, a língua de Jesus, que se conserva em algumas comunidades cristãs do
Médio Oriente. Pediu-se que o Espírito Santo torne a Igreja “cada vez mais lugar de
misericórdia e de perdão”. O ucraniano foi a língua utilizada na oração “pelos
povos da terra e seus governantes”: que o Espírito Santo suscite homens capazes de
percorrer a via do diálogo, da justiça e da reconciliação. Pelos missionários,
rezou-se em chinês – para que “o Espírito Santo, nascente da missão da Igreja, torne
fortes e generosos os que estão chamados a anunciar o Evangelho.