2014-06-07 12:29:07

Nigéria: Bispos anunciam seis meses de oração pela paz no país


Abuja (RV) - Os Bispos da Nigéria propõem uma iniciativa de oração nacional que será feita de julho a dezembro deste ano, para restaurar a paz no país, provada pela violência de Boko Haram.

Segundo um comunicado enviado à Agência Fides, os bispos sugerem para cada mês uma intenção especial de oração: em julho pela libertação de todas as pessoas seqüestradas na Nigéria; em agosto por aqueles que sofrem as conseqüências da violência; em setembro pelos agentes das forças de segurança que perderam suas vidas ou foram feridos para defender o país; em outubro pela unidade, paz e bom governo; em novembro pela erradicação da corrupção e a promoção da justiça; e em dezembro pela promoção dos valores da família e proteção da vida humana.

De acordo com as diretrizes dos Bispos, a oração será realizada nas famílias, cada família é convidada a rezar o Terço na noite de sábado, nas paróquias e dioceses, Terço e Adoração Eucarística serão feitos no último sábado do mês, e no âmbito nacional, com uma peregrinação nos dias 13 e 14 de novembro, ao Centro Nacional Ecumênico, em Abuja.

O Arcebispo de Abuja, Cardeal John Olorunfemi Onaiyekan, disse que o problema de Boko Haram "pode ameaçar a unidade das Forças Armadas da Nigéria, sobretudo se for interpretado o que acontece no norte do país como um confronto religioso entre cristãos e muçulmanos".

A imprensa local noticiou que uma dezena de oficiais e outros militares foram condenados por uma corte marcial por terem fornecido armas e munições a Boko Haram. "Alguns jornais publicaram a notícia citando fontes militares, mas o alto comando das Forças Armadas Nigerianas desmentiu", ressaltou o Cardeal Onaiyekan. "Estou certo de que com o tempo saberemos a verdade sobre este fato. De qualquer forma, é claro que existem simpatizantes de Boko Haram dentro do Exército. É difícil, no entanto, saber quantos são", frisou o purpurado.

"O meu medo é de que a campanha contra Boko Haram seja vista como um ataque contra o Islã. Agora, Boko Haram quer exatamente isso. Infelizmente, no âmbito cristão, há aqueles que tendem a apresentar a luta contra Boko Haram como um confronto entre cristãos e muçulmanos. Trata-se de uma visão muito perigosa que pode minar a unidade das forças de segurança. No Exército convivem cristãos e muçulmanos que até então agiam unidos como militares de nossas Forças Armadas", concluiu o Arcebispo de Abuja. (MJ)







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