2014-06-06 19:10:53

Sociedade Missionária Coreana: restituir à Igreja os muitos dons recebidos durante a evangelização da Coreia


Seul (RV) - A Igreja Católica coreana "ainda não tem uma significativa experiência missionária que lhe permita ir pelo mundo de modo estruturado proclamar a Palavra de Deus. Mas estamos certos de que precisamos muito disso: necessitamos de tempo para amadurecer os frutos do nosso trabalho, mas creio que estamos no caminho centro. A Sociedade Missionária Coreana serve justamente a essa finalidade: caminhar junto com a nossa Igreja para ajudá-la a sair de seus confins, crescendo juntos".

É o que afirma o Superior Geral do Instituto, Pe. Kim Young-jae, que expõe à agência AsiaNews os desafios que o conceito de missionariedade apresenta e a alegria de poder contribuir para a evangelização do mundo, "um modo para poder demonstrar a nossa gratidão a quem deu tanto para a Igreja coreana".

A Sociedade Missionária Coreana nasceu em 1975 por intuição do então bispo emérito de Busan, Dom John Choi Jae-seon:

"Impressionado com a brusca queda no número de vocações da qual foi testemunha durante um período na Alemanha, Dom Jae-seon empenhou-se muito para manter viva a chama vocacional na Coréia."

"Dom Jae-seon conservava em sua memória o grande dívida de reconhecimento que a Igreja coreana tinha e ainda tem para com a Igreja universal. Por isso, decidiu propor à Conferência episcopal a criação de um Instituto missionário que, de nosso país, pudesse contribuir para a evangelização mundial."

A proposta "foi acolhida pelos bispos coreanos, criando no mesmo ano a 'Sociedade Católica da Coreia para as missões estrangeiras', nome depois mudado durante o Capítulo Geral de 2005 para 'Sociedade Missionária Coreana'".

Com pouco menos de 40 anos, o Instituto conta hoje 95 membros, 69 dos quais são missionários em várias partes do mundo. A Sociedade missionária está presente em 8 nações: Papua-Nova Guiné, Taiwan, China, Camboja, Moçambique, Filipinas, México e EUA. Os demais membros permanecem na sede central do Instituto e contribuem para a formação dos seminaristas e o trabalho organizacional da Sociedade.

Além do trabalho pastoral, sobretudo nas paróquias, os missionários coreanos atuam no social e na área da saúde. Na China Continental, por exemplo, alguns membros trabalham com os hansenianos.

É também interessante a realidade da "Escola missionária", um instrumento que a Sociedade coloca à disposição de todos aqueles que na Coréia têm interesse pelo trabalho missionário, explica Pe. Kim Young-jae.

"Trata-se de uma estrutura que prepara os sacerdotes diocesanos, religiosos e leigos para o trabalho pastoral no exterior: do estudo das línguas à assistência espiritual de povos distantes e diversificados", acrescenta.

O Superior Geral conclui afirmando que a Sociedade "está aberta ao mundo inteiro, onde quer que haja necessidade de missionários. Mas temos uma preocupação e uma responsabilidade especial em relação à Ásia e, em particular, à China, onde é difícil para os ocidentais entrar como missionários. Recebemos muito da Igreja universal e, com todo o coração, queremos, na medida do possível, retribuir aquilo que recebemos", finaliza. (RL)







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