Sociedade Missionária Coreana: restituir à Igreja os muitos dons recebidos durante
a evangelização da Coreia
Seul (RV) - A Igreja Católica coreana "ainda não tem uma significativa experiência
missionária que lhe permita ir pelo mundo de modo estruturado proclamar a Palavra
de Deus. Mas estamos certos de que precisamos muito disso: necessitamos de tempo para
amadurecer os frutos do nosso trabalho, mas creio que estamos no caminho centro. A
Sociedade Missionária Coreana serve justamente a essa finalidade: caminhar
junto com a nossa Igreja para ajudá-la a sair de seus confins, crescendo juntos".
É
o que afirma o Superior Geral do Instituto, Pe. Kim Young-jae, que expõe à agência
AsiaNews os desafios que o conceito de missionariedade apresenta e a alegria
de poder contribuir para a evangelização do mundo, "um modo para poder demonstrar
a nossa gratidão a quem deu tanto para a Igreja coreana".
A Sociedade Missionária
Coreana nasceu em 1975 por intuição do então bispo emérito de Busan, Dom John
Choi Jae-seon:
"Impressionado com a brusca queda no número de vocações da qual
foi testemunha durante um período na Alemanha, Dom Jae-seon empenhou-se muito para
manter viva a chama vocacional na Coréia."
"Dom Jae-seon conservava em sua
memória o grande dívida de reconhecimento que a Igreja coreana tinha e ainda tem para
com a Igreja universal. Por isso, decidiu propor à Conferência episcopal a criação
de um Instituto missionário que, de nosso país, pudesse contribuir para a evangelização
mundial."
A proposta "foi acolhida pelos bispos coreanos, criando no mesmo
ano a 'Sociedade Católica da Coreia para as missões estrangeiras', nome depois mudado
durante o Capítulo Geral de 2005 para 'Sociedade Missionária Coreana'".
Com
pouco menos de 40 anos, o Instituto conta hoje 95 membros, 69 dos quais são missionários
em várias partes do mundo. A Sociedade missionária está presente em 8 nações: Papua-Nova
Guiné, Taiwan, China, Camboja, Moçambique, Filipinas, México e EUA. Os demais membros
permanecem na sede central do Instituto e contribuem para a formação dos seminaristas
e o trabalho organizacional da Sociedade.
Além do trabalho pastoral, sobretudo
nas paróquias, os missionários coreanos atuam no social e na área da saúde. Na China
Continental, por exemplo, alguns membros trabalham com os hansenianos.
É também
interessante a realidade da "Escola missionária", um instrumento que a Sociedade coloca
à disposição de todos aqueles que na Coréia têm interesse pelo trabalho missionário,
explica Pe. Kim Young-jae.
"Trata-se de uma estrutura que prepara os sacerdotes
diocesanos, religiosos e leigos para o trabalho pastoral no exterior: do estudo das
línguas à assistência espiritual de povos distantes e diversificados", acrescenta.
O
Superior Geral conclui afirmando que a Sociedade "está aberta ao mundo inteiro, onde
quer que haja necessidade de missionários. Mas temos uma preocupação e uma responsabilidade
especial em relação à Ásia e, em particular, à China, onde é difícil para os ocidentais
entrar como missionários. Recebemos muito da Igreja universal e, com todo o coração,
queremos, na medida do possível, retribuir aquilo que recebemos", finaliza. (RL)