Cidade do Vaticano
(RV) - Após cinco anos da Constituição Apostólica Fidei depositum, de 11
de outubro de 1992, em comemoração do trigésimo aniversário da abertura do Concílio
Vaticano II, a qual acompanhou o primeiro texto do catecismo, em língua francesa,
foi publicada a Carta Apostólica Laetamur Magnopere aprovando e promulgando
a redação definitiva do Catecismo da Igreja Católica.
A edição revisada foi
preparada por um Conselho, instituído em 1993 e composto por membros de diversos dicastérios
da Sé apostólica, presidido pelo cardeal Joseph Ratzinger. Foi dada uma especial atenção
às muitas propostas de modificação das enunciações do catecismo, que chegaram de várias
partes do mundo e de diversas comunidades eclesiais, visando um aperfeiçoamento do
texto.
A partir desta edição do espaço dedicado aos 20 anos do Novo Catecismo,
passamos a contar com a colaboração do Padre Gerson Schmidt, da Arquidiocese de Porto
Alegre:
“Amado ouvinte!
Comemorando mais de 20 anos do Catecismo, continuamos
com nosso aprofundamento desse grande tesouro da Igreja em nossas mãos. Tesouro que
São João Paulo Segundo deixou para nós, em outubro de 1992, depois de seis anos de
intenso trabalho de preparação. Importante lembrar que na presidência da equipe preparatória,
composta de doze cardeais e bispos, estava o Cardeal Joseph Ratzinger, antes de se
tornar Bento XVI, agora nosso querido Papa emérito. O Catecismo, amado irmão, é fruto
de um trabalho conjunto de todo o Episcopado da Igreja Católica, de teólogos e colaboradores.
João Paulo II compara, na introdução do Catecismo, essa obra como um grande coral
de cantores, uma harmonia de tantas vozes para exprimir melhor a “sinfonia” da fé.
Cinco anos mais tarde da divulgação do Catecismo, o mesmo Papa confirmava a finalidade
fundamental do Catecismo de se apresentar “como exposição completa e íntegra da doutrina
católica, que permite a todos conhecer o que a mesma Igreja professa, celebra, vive,
reza na sua vida quotidiana”, verbos esses importantes que correspondem respectivamente
a cada capítulo. No catecismo está o que a Igreja professa, celebra, vive e reza.
O
capítulo 13 do Evangelho de São Mateus é o discurso das Parábolas. No final apresenta
uma comparação de um pai de família que do seu tesouro tira coisas novas ou velhas.
Desta mesma forma, também é o Catecismo da Igreja Católica! É um compêndio, um arquivo,
um rico tesouro de coisas novas e velhas, pois, “a fé é sempre a mesma e ao mesmo
tempo fonte de luzes sempre novas”, palavras da introdução do Catecismo. De fato,
vemos nele uma riqueza sintética muito grande, um verdadeiro instrumento de evangelização.
Um fantástico subsídio para nossa catequese paroquial. Como o próprio Papa João Paulo
Segundo descreve, é um apoio para que o homem moderno e pós-moderno, questionado na
vida cristã, responda as razões de sua fé, como aponta a Carta do apóstolo Pedro no
capítulo três, versículo quinze: “Não tenhais medo (..) estando sempre prontos a dar
razão de vossa esperança (alguns textos dizem razões da vossa fé) a todo aquele que
vo-la pede; fazei-o, porém, com mansidão e respeito..”. Amado amigo, esse programa
tem justamente esse objetivo: aprofundar as RAZÕES DA NOSSA FÉ. Não com arrogância
ou defesa soberba. Com mansidão e respeito, como pede a Palavra, porém, também com
alegria do anúncio, como pede papa Francisco.