Abrigos improvisados ajudam as vítimas das inundações da Bósnia e Herzegovina, e da
Sérvia
Sarajevo (RV)
– Milica é uma menina de 11 anos que ainda sofre com as consequências das inundações
violentas que atingiram os Balcãs, na metade do mês passado, e provocaram 51 mortes.
A pequena não vai à escola há duas semanas e conta que sente falta da arte e da música,
se não bastassem as dificuldades vividas em família.
Como a água levou tudo,
Milica, a mãe e os três irmãos estão improvisamente abrigados nos ‘SOS Aldeias das
Crianças’, locais protegidos e que oferecem apoio e cuidados. “Tem muita gente aqui.
As histórias são todas mais ou menos iguais. Tem muita tristeza”, conta Milica. As
Aldeias seguem reuniões regulares de coordenação junto às Nações Unidas, inclusive
no que diz respeito às necessidades das milhares de pessoas que foram obrigadas a
fugirem de casa, pela ameaça ou pelos rios que transbordaram.
Na Sérvia, a
urgência é de água potável, alimentos frescos e não-perecíveis, desinfetantes, produtos
higiênicos, colchões, material de construção, artigos para as crianças. Com as chuvas
recentes em algumas cidades, os níveis da água subiram, aumentando o risco de epidemias.
Segundo as autoridades, a inundação é o pior desastre natural que já atingiu o país.
Na
Bósnia e Herzegovina, a economia está paralisada, já que 30% da indústria está localizada
nas zonas afetadas pelas inundações. Centros educacionais e hospitais foram danificados
e os números impressionam ao quantificarem cerca de 1 milhão de pessoas atingidas
direta ou indiretamente pela tragédia. As maiores necessidades são remédios, serviços
básicos de higiene e água potável.
A Rede Cáritas na Europa, envolvida no
apoio às pessoas afetadas na Bósnia e na Sérvia, fez uma doação de 150 mil euros para
uma primeira fase de socorro. (AC)