2014-06-05 12:28:19

Vaticano, 8 de Junho – capital da oração pela paz na Terra Santa


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Neste domingo 8 de Junho o Vaticano será a capital da oração pela paz na Terra Santa. Estarão na Santa Sé para rezar juntos pela paz o presidente palestiniano Mahmoud Abbas e o presidente israelita, Shimon Perez. Respondem, assim, afirmativamente ao convite do Papa Francisco, na sua Peregrinação à Terra Santa, para se unirem ao Santo Padre numa oração pela paz. Nesta edição da rubrica “Sal da Terra, Luz do Mundo”, recordamos os principais momentos desta iniciativa do Papa Francisco que na tarde do próximo domingo de Pentecostes atrairá as atenções do mundo para as preces de uma oração inter-religiosa.

O Papa Francisco na sua viagem apostólica à Terra Santa apresentou-se como um peregrino da paz e recordou esse facto na primeira audiência geral de quarta-feira 28 de maio, logo após a peregrinação:

“Fi-lo sempre como peregrino, no nome de Deus e do homem, levando no coração uma grande compaixão pelos filhos daquela Terra que há demasiado tempo convivem com a guerra e têm o direito de conhecer finalmente dias de paz!”

Nesse mesmo momento na Praça de S. Pedro o Santo Padre reafirmou o convite que tinha formulado aos presidentes israelita e palestiniano para rezarem com ele no Vaticano pela paz:

“... convidei o Presidente de Israel e o Presidente da Palestina, homens de paz e artífices de paz, a virem ao Vaticano rezarem juntos comigo pela paz.”


No voo de regresso a Roma após a sua Peregrinação à Terra Santa, o Papa Francisco, em conferência de imprensa, referiu-se ao significado da sua iniciativa, afirmando que “será um encontro de oração. Não será um encontro para fazer uma mediação ou buscar soluções”. O Santo Padre sublinhou que se reunirão somente para rezar. Mas afirmou acreditar que “a oração seja importante e rezar juntos sem fazer discussões de outro tipo” é uma ajuda concreta. O Papa Francisco revelou rezar muito para que estes dois líderes políticos e estes dois governos tenham a coragem de andar em frente.

O convite para a oração pela paz foi feito pelo Santo Padre ao presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, depois da Missa celebrada na Praça da Manjedoura, em Belém, no domingo 25 de maio e foi depois repetido ao presidente israelita, Shimon Perez, no dia seguinte, no encontro realizado na residência presidencial, em Jerusalém.

Para melhor compreendermos o ambiente que rodeia esta oração pela paz do próximo domingo dia 8, recordemos as principais mensagens do Papa Francisco na sua Peregrinação à Terra Santa em que invoca e propõe caminhos para a paz entre Israel e a Palestina e para todo o Médio Oriente.

Na tarde de sábado dia 24 e maio o Papa Francisco celebrou a Eucaristia no Estádio Internacional de Amã para cerca de 30 mil fiéis,1400 dos quais eram crianças que comungaram pela primeira vez. Logo aí o Papa Francisco apelou para a paz valorizando o valor testemunhal da paz e rezou para que o Espírito Santo cure as feridas dos erros, das incompreensões e das controvérsias:

“Quanta necessidade tem o mundo de nós como mensageiros de paz, como testemunhos de paz! É uma necessidade que o mundo tem. Também o mundo pede-nos para fazermos isto: levar a paz, dar testemunho de paz!”
A Ele pedimos para preparar os nossos corações ao encontro com os irmãos para além das diferenças de ideias, língua, cultura, religião; para ungir todo o nosso ser com o óleo da sua misericórdia que cura as feridas dos erros, das incompreensões, das controvérsias; a graça de nos enviar com humildade e mansidão pelos caminhos difíceis, mas fecundos da procura da paz. Amén!

Ainda no dia 24 o Papa Francisco foi para Betânia para além do Jordão ao local onde foi batizado Jesus, onde se encontrou com refugiados e jovens portadores de deficiência. Ali voltou a fazer um forte apelo para a paz na Síria e para a conversão dos violentos:

“Cessem as violências e seja respeitado o direito humanitário, garantindo a necessária assistência à população sofredora! Seja abandonada, por todos, a pretensão de deixar às armas a solução dos problemas e volte-se à via das negociações.”
“Deus converta os violentos! Deus converta aqueles que têm projetos de guerra! Deus converta aqueles que fabricam e vendem armas e reforce os corações e as mentes dos operadores de paz e os recompense com a sua benção.”

No domingo, dia 25 de maio, o Papa Francisco celebrou Missa em Belém, na Palestina, numa Praça da Manjedoura repleta de fiéis.
De referir que no percurso para a Missa o Papa Francisco parou junto ao muro que separa Israel da Cisjordânia para rezar. A imagem desse momento correu todas as televisões internacionais e agências de notícias marcando um importante momento de atenção para a situação política na Palestina através da Peregrinação do Santo Padre à Terra Santa.
Na sua homilia o Santo Padre comentou as palavras que os anjos dirigiram aos pastores, convidando-os a correrem a Belém a adorar o Menino Deus: "Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura".
"Também hoje as crianças são um sinal - fez notar o Papa. Sinal de esperança, sinal de vida, mas também sinal de diagnóstico (disse), para compreender o estado de saúde duma família, duma sociedade, do mundo inteiro. Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano".
No final da Missa e na sua mensagem antes da oração do Regina Coeli, o Santo Padre lançou um convite direto aos Presidentes da Palestina e de Israel, a invocarem juntos a paz, disponibilizando-se a acolhê-los no Vaticano para tal iniciativa. O Papa Francisco disse textualmente isto que passamos a ouvir:

Neste Lugar, onde nasceu o Príncipe da Paz, desejo fazer um convite a Vossa Excelência, Senhor Presidente Mahmoud Abbas, e ao Senhor Presidente Shimon Peres para elevarem, juntamente comigo, uma intensa oração, implorando de Deus o dom da paz. Ofereço a minha casa, no Vaticano, para hospedar este encontro de oração.

Todos desejamos a paz; tantas pessoas a constroem dia a dia com pequenos gestos; muitos sofrem e suportam pacientemente a fadiga de tantas tentativas para a construir. E todos – especialmente aqueles que estão colocados ao serviço do seu próprio povo – temos o dever de nos fazer instrumentos e construtores de paz, antes de mais nada na oração.

Construir a paz é difícil, mas viver sem paz é um tormento. Todos os homens e mulheres desta Terra e do mundo inteiro pedem-nos para levarmos à presença de Deus a sua ardente aspiração pela paz.

No Vaticano está tudo preparado para acolher no próximo domingo dia 8 uma oração muito especial que juntará numa mesma prece cristãos, judeus e muçulmanos pela paz na Terra Santa. Acompanhe estes momentos em direto na RV em permanência no nosso site basta clicar em português. (RS)








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