Católicos do Nepal: novo Vigário Apostólico impulsionará evangelização do país asiático
Katmandu (RV) - A comunidade católica do Nepal "reza, cheia de gratidão, pelo
nosso novo bispo. Esperamos que possa alcançar toda a população do país, que precisa
da Palavra de Deus, e auspiciamos que o nosso novo pastor possa ampliar o horizonte
fazer o Reino de Deus crescer".
São os votos do sacerdote nepalês Pe. Silas
Bogati expressos à agência missionária AsiaNews, comentando a chegada de Dom Paul
Simick, recentemente nomeado pelo Santo Padre Vigário Apostólico do Nepal. A missa
de tomada de posse terá lugar na catedral de Katmandu, na solenidade dos Santos Apóstolos
Pedro e Paulo, em 29 de junho.
A comunidade católica aguarda-o com impaciência.
Melun Darshandhari, jovem animador de um grupo paroquiano, diz:
"No Nepal existem
católicos há mais de 60 anos, mas o nosso número é ainda baixo. Sofremos atrasos na
evangelização por causa dos obstáculos impostos pelo governo hindu, mas agora somos
um Estado secular. Temos um novo bispo, jovem, e muitos jovens com vocação para o
sacerdócio ou a vida religiosa. Esperamos que Dom Simick possa guiar-nos rumo a um
grande crescimento."
Por sua vez, Himal, outro jovem paroquiano, diz: "Meu
sonho é unir-me à missão católica e levar a Palavra e o exemplo de Jesus Cristo a
meus vizinhos e àqueles que vivem nos vilarejos do Nepal. Muitos jovens esperam o
chamado de Deus".
Dos cerca de 150 mil cristãos que vivem no país da Ásia central,
apenas 8 mil são católicos. Antes da queda da monarquia (2006) o hinduísmo era religião
de Estado e influenciava a vida de todos os cidadãos.
A proclamação de um Estado
laico assegura a liberdade religiosa, mas as minorias – em particular, a cristã –
ainda são vítimas de abusos e ameaças por parte da comunidade de maioria.
A
população hindu é muitas vezes protagonista de episódios de discriminação, violência
contra as mulheres e marginalização dos mais pobres. Ademais, são comuns – por parte
de hinduístas e, por vezes, de budistas – acusações contra católicos e cristãos em
geral de converter as pessoas com a força ou oferecendo-lhes dinheiro. (RL)