Cidade do Vaticano (RV) – No mundo, pessoas com
menos de 24 anos equivalem à quase metade dos sete bilhões da população total, de
acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Já no Brasil, no censo de 2010 do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que a população de
15 a 24 anos somava 34.236.064 pessoas, o que equivale a 18% do total de brasileiros.
No país, apesar da pequena diminuição no número de jovens na última década - o censo
de 2000 apontou 34.081.330 de pessoas de 15 a 24 anos ou 20% da população total -,
o desafio é propiciar a essa população condições para um crescimento social e profissional,
principalmente no que diz respeito à educação e ao trabalho.
Estudos de Universidades
brasileiras destacam que a juventude do nosso país é caracterizada por heterogeneidade
e desigualdades. De acordo com o relatório Trabalho Decente e Juventude no Brasil,
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), “existem, na verdade, juventudes diversas,
imersas em distintos cenários. As mulheres jovens, os jovens negros de ambos os sexos,
assim como os jovens das áreas metropolitanas de baixa renda, ou de determinadas zonas
rurais, são afetados de forma mais severa pela exclusão social, pela falta de oportunidades
e pelo deficit de emprego de qualidade”.
Para a pedagoga Nádia Maciel Falcão,
professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), concorda: "As dificuldades
se aprofundam quando se operam recortes de renda, cor da pele, região de moradia e
sexo". As oportunidades, afirma ela, estão desigualmente distribuídas e a maioria
dos jovens brasileiros não dispõe dos suportes necessários para que sigam com tranquilidade
por esta etapa da vida e para que ampliem seus graus de autonomia e independência
rumo à vida adulta.
"Para os jovens brasileiros, a exposição à violência, o
acesso ao emprego e educação escolar de qualidade podem ser considerados os grandes
desafios da atualidade. Mesmo que os problemas enfrentados nessas três dimensões não
sejam exclusividade da juventude, é para essa categoria social que eles se aprofundam
e têm efeitos diretos sobre os seus modos de viver as experiências presentes e projetar
o futuro", explica Falcão.
Sobre a realidade dos jovens da Prelazia do São
Félix do Araguaia, nós conversamos com Bipos desta prelazia, Dom Adriano Ciocca Vasino.
(SP)