Santo Padre garante continuidade do patrimônio genético do Jardim das Oliveiras, ao
plantar mais um exemplar da muda milenar
Jerusalém (RV)
- Em seguida à homilia do Papa, na Igreja de Getsêmani, ao pé do Monte das Oliveiras,
o Patriarca de Jerusalém dos Latinos, Fouad Twal, fez a sua saudação ao Santo Padre.
No seu discurso, Twal também lembrou a agonia de Jesus, uma angústia que nunca foi
interrompida e que continua através do sofrimento dos povos e do ser humano. Ele disse:
“Jerusalém é a cidade que une todos os fiéis e, ao mesmo tempo, os divide: a cidade
do Calvário, bem como a cidade da Ressurreição e da Esperança”.
Twal ainda
falou sobre a presença do Papa na Terra Santa que traz esperança e coragem. “Como
Jesus em Getsêmani, os nossos queridos consagrados, parte integrante da Igreja local,
normalmente se sentem sozinhos e abandonados. Através da sua pessoa e da sua voz,
pedimos ao mundo cristão e aos nossos irmãos bispos, mais proximidade, mais solidariedade
e sentido de pertença a esta Igreja Mãe”, finalizou o Patriarca.
Ao término
do encontro com sacerdotes, religiosos e seminaristas, Francisco plantou uma oliveira
no Horto de Getsêmani, ao lado da Igreja e próximo da que foi plantada por Papa Paulo
VI em 4 de janeiro de 1964.
E não foi uma planta qualquer, pois a oliveira
plantada, na verdade, era um ramo proveniente de uma das oito árvores milenares que
já estão no local e lembram a Paixão de Cristo. Oliveiras que têm cerca de 900 anos,
segundo uma investigação de estudiosos italianos do Conselho Nacional de Pesquisas
(CNR). Nesse caso pode ser considerado, então, um jardim dos mais antigos, talvez
com uma das oliveiras oriundas ainda do tempo de Jesus. Com sua ação, Papa Francisco
ajudou a garantir a integridade e a continuidade do patrimônio genético do lugar.
(AC)