2014-05-26 11:35:32

Eleições Europeias


Segundo o Jornal Público, com o centro-direita a ganhar avanço face aos socialistas, ficando os liberais em terceiro lugar, o resultado mais dramático destas eleições europeias foi alcançado pela extrema-direita francesa, com Marine Le Pen a conseguir cerca de 25% dos votos.
Segundo a Agência Reuters, Juncker reclamou o direito de o PPE escolher o próximo presidente da Comissão Europeia.
Os partidos de centro direita – PPE – voltaram a ser os mais votados nas eleições europeias deste domingo, conseguindo um avanço de quase 30 eleitos face aos socialistas, que manterão o segundo lugar no novo Parlamento Europeu (PE).
Apesar desta vitória, o PPE terá perdido cerca de 70 deputados face às últimas eleições europeias de 2009, enquanto os socialistas deverão ter limitado as perdas a 11 eleitos.
Segundo os resultados ainda provisórios avançados nas primeiras horas desta segunda-feira, o PPE deverá ter conseguido 28% dos votos e eleger 212 deputados (contra 274 em 2009) num total de 751 membros da assembleia europeia. Os socialistas deverão ter 25,7% do votos e elegido 185 deputados (contra 196 em 2009).
Os liberais manterão o seu actual terceiro lugar, com 9,9% dos votos e 74 eleitos (contra 83 hoje) e os verdes permanecerão no quarto lugar com 7,7% dos votos e 58 deputados (mais um do que actualmente).
O PPE ganhou as eleições em países como a Alemanha, Espanha, Finlândia, Irlanda ou Eslovénia, enquanto os socialistas, além de Portugal, terão ganho em Itália e Suécia.
O novo Parlamento Europeu contará, por outro lado, com 120 a 130 deputados extremistas, eurocépticos ou soberanistas, um número sem precedentes que era largamente esperado em consequência da revolta contra a União europeia (UE) que está a crescer num elevado número de países.
Para além da França a extrema-direita ficou à frente igualmente na Áustria e Dinamarca, e conseguiu bons resultados na Finlândia – 13% dos votos e dois deputados – e Grécia, onde o partido neo-nazi Aurora Dourada, praticamente inexistente há cinco anos, conseguiu 9,3% dos votos e três deputados. Na Alemanha, o partido nazi também conseguiu eleger de forma inédita um deputado. Os 99 deputados alemães incluem igualmente sete deputados do novo partido eurocéptico (AfD), que quer acabar com o euro, e que entra pela primeira vez no PE.
Não é seguro até que ponto todos estes partidos extremistas e eurocépticos conseguirão aliar-se para constituir um ou mais grupos parlamentares capaz de lhe permitir multiplicar o seu poder de perturbação do PE – essa será uma das grandes interrogações da próxima legislatura – já que em muitos aspectos defendem posições contraditórias.
No extremo oposto, o partido Syriza, esquerda radical – que tem travado um combate contra a austeridade associada ao programa de ajuda da zona euro e FMI ao país, ganhou as eleições com cerca de 26,4% dos votos. Mesmo assim, o Syriza ficou aquém do resultado dos dois partidos da coligação governamental – Nova Democracia (PPE) – 23,2% e Pasok (socialista) – cerca de 9% - que estão a aplicar o programa de ajuda.
Todos os líderes parlamentares trataram de se congratular no domingo pelo facto de a taxa de participação eleitoral nos 28 países da UE ter finalmente interrompido a tendência de queda contínua registada desde a primeira eleição directa do PE, em 1979, de 61,99% dos eleitores, para 43% em 2009. A consolação é, no entanto, magra, porque a taxa de participação progrediu apenas para 43,11%. A participação mais baixa foi registada na Eslováquia – 13% – e a mais alta na Bélgica e Luxemburgo, onde o voto é obrigatório, com 90%.










All the contents on this site are copyrighted ©.