Cidade do Vaticano (RV) - “A Santa Sé está consciente das consequências devastadoras
causadas pelas mudanças climáticas”: assim o Arcebispo Zygmunt Zimowski, Presidente
do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, inaugurou seu discurso
na 67ª Assembleia Mundial da Saúde, em andamento em Genebra, na Suíça.
Liderando
a delegação da Santa Sé, Dom Zimowski afirmou que é preciso criar condições para o
desenvolvimento de uma “crescente consciência ecológica” na sociedade, pois a questão
ambiental tem “profundas implicações” no bem-estar das pessoas. As alterações climáticas,
recordou ele, influenciam parâmetros como “a qualidade do ar, da água, da alimentação
e da habitabilidade”.
O Arcebispo transmitiu aos participantes as preocupações
do Papa Francisco relativas à “exploração desenfreada dos recursos” e à necessidade
de criar projetos que tenham mais em conta a preservação do meio ambiente e do planeta,
“a casa comum de todos os homens”.
Isto implica mudanças ao nível das “decisões
e ações econômicas, sociais, tecnológicas e políticas”.
A reunião da Assembleia
Mundial sobre a Saúde, que começou na última segunda-feira, foi também marcada pelo
tema da nutrição materna e infantil.
O Arcebispo polonês mostrou-se satisfeito
pela “amamentação materna ter sido incluída como um objetivo global estratégico” e
definida como “um indicador chave” no controle dos avanços em matéria de nutrição.
“A
amamentação materna é uma proteção importante contra a subnutrição infantil e por
isso deve ser defendida e acalentada no contexto da assistência primária de saúde.
Deve ser uma prática garantida na legislação do trabalho e aceita também no espaço
público”, defendeu Dom Zimowski. (BF)