Bogotá (RV) – O deslocamento forçado das populações permanece uma trágica realidade
nas regiões atingidas por conflitos. Segundo um estudo do Conselho Norueguês para
Refugiados, recentemente atualizado, são 33,3 milhões as pessoas deslocadas por causa
de conflitos e da violência em todo o mundo. Na América Latina, a Colômbia alcançou
a cifra de 5,7 milhões.
Este número continua a aumentar, já que segundo o relatório
elaborado pelo Secretariado Nacional da Pastoral Social da Caritas, com base nos dados
coletados pelo Centro de Assistência para os Deslocados Internos, na Colômbia havia
de 4,9 a 5,5 milhões de deslocados. O Governo de Juan Manuel Santos e as Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (FARC) desde o fim de 2012 estão comprometidos com o diálogo
de paz em Havana, buscando colocar fim a um conflito que, além de milhões de deslocados,
causou pelo menos 200 mil mortos nos últimos 50 anos.
O relatório norueguês
adverte que as violações dos direitos humanos na Colômbia continuam, porque as negociações
de paz tiveram início em meio a uma guerra interna e sem um cessar-fogo. As mudanças
são devidas, em grande parte, a confrontos entre grupos armados ilegais, como as FARC,
e o Exército de Libertação Nacional (ELN) e grupos criminosos compostos por ex paramilitares
de direita e as forças de segurança, além de ameaças perpetradas contra indivíduos
e comunidades. O fato de que os guerrilheiros e paramilitares tenham tomado possesso
das áreas rurais, submetendo os agricultores, é outro motivo para o êxodo. (SP)