2014-05-16 15:23:07

Argentina: Igreja rejeita críticas


Lomas de Zamora, (RV) – O Bispo de Lomas de Zamora (Argentina), Dom Jorge Rubén Lugones, S.J., rejeitou as críticas expressas por membros do governo argentino ao documento intitulado “Felizes os agentes de paz”, publicado em 10 de maio na conclusão da Assembleia Plenária dos Bispos argentinos: o documento denuncia a violência e a falta de segurança no país, e examina as causas da violência, como a corrupção, as mentiras, os atrasos na justiça e os problemas nos cárceres.

Dom Zamora reitera que aqueles que negam que a sociedade argentina esteja doente de violência não querem olhar a realidade na cara. “Notamos com tristeza e preocupação o tema da violência. Quem negar que estamos doentes de violência está virando a cara”, consta na nota publicada no site da Conferência Episcopal Argentina. “Não sei se quantos dos que hoje criticam tenham já caminhado pelos bairros, como nós fazemos”, afirma o bispo. “Ouvi em uma rádio que os Bispos são como os Príncipes da Igreja. Quero convidar este jornalista, se quiser, a colocar um par de botas de cano alto e a vir comigo quando caminho pela diocese. Existe muita gente que fala sem saber, sem fundamentos”.

Todo o país está vivendo um clima de tensão entre Igreja e governo (alimentada também pela mídia), por causa das reações ao documento dos Bispos. A intenção foi fazer uma reflexão sobre a realidade, sobre a violência que o país vive, como reafirmaram diversos membros do Episcopado, propondo atuar na formação aos valores cristãos fundamentais e renovando o compromisso de trabalhar para assegurar a “vida, a paz e a saúde integral à nossa amada pátria”.

Evocando a beatitude evangélica “Felizes os agentes de paz”, o documento recorda que “muitos já o estão fazendo”, promovendo iniciativas em escolas, paróquias, grupos e organizações sociais. “Nós os encorajamos a continuar a serem instrumentos de paz – escrevem os Bispos. De modo especial, exortamos a liderança a desenvolver um diálogo que promova consensos e políticas para superar a atual situação”. “O documento é uma proposta positiva e educativa” destacou o porta-voz dos Bispos, Padre Jorge Oesterheld. (SP)







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