Sudão do Sul: “A trégua deve ser aplicada”, pede Conselho Mundial de Igrejas
Juba (RV) - “A situação permanecerá explosiva até quando a trégua não tiver
efeitos concretos na prática”, afirma uma nota do Conselho Mundial de Igrejas (CMI)
enviada à Agência Fides, sobre o acordo de trégua alcançado em 10 de maio entre os
dois protagonistas do conflito civil no Sudão do Sul, o Presidente Salva Kiir e ex-Vice-Presidente
Riek Machar.
A trégua foi assinada na capital da Etiópia, Addis Abeba, na presença,
entre outros, do Arcebispo de Juba, Dom Paulino Lukudu Loro, do Bispo Daniel Deng
Bul Yak, da Igreja Episcopal do Sudão e do Reverendo Samuel Kobia, ex-Secretário-Geral
do CMI.
Comentando o ato de assinatura da trégua, Dom Lukudu Loro afirmou que
“todos os sudaneses estavam esperando este dia há cinco meses”.
A guerra civil,
de fato, eclodiu na metade de dezembro, quando o Presidente Kiir denunciou uma tentativa
de golpe organizado pelo seu Vice, Machar. O confronto entre as duas partes políticas
assumiu uma dimensão étnica e tribal, fazendo com que o jovem Estado (o Sudão do Sul
proclamou a sua independência em julho de 2011) vivesse uma difícil crise humanitária,
com pelo menos um milhão de deslocados.
“Chegou a hora de corrigir os dispendiosos
erros dos líderes sul-sudaneses, acabando imediatamente com a guerra, como pediram
todas as Igrejas e as comunidades ecumênicas”, reiterou o Arcebispo de Juba.