2014-05-15 17:16:44

Card. Tauran e príncipe da Jordânia lançam apelo em favor de maior solidariedade no mundo


Cidade do Vaticano (RV) - O papel fundamental da família e da escola na formação das crianças, a importância da educação religiosa; a necessária consideração pela dignidade da pessoa humana; o respeito pela liberdade; a convicção de que a desumanidade e a ignorância são as causas dos conflitos, e não a religião.

São alguns dos pontos do documento comum em favor de uma maior solidariedade no mundo, selado nesta quarta-feira em Amã, capital da Jordânia, pelo presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran; e pelo fundador do Instituto real de estudos interconfessionais, o príncipe El Hassan bin Talal.

A declaração comum tem lugar a pouco mais de uma semana da chegada do Papa Francisco a Amã, marcada para 24 do corrente, no âmbito de sua visita à Terra Santa.

Os participantes do encontro sobre o tema da educação expressaram dura condenação a toda forma de violência e solicitaram a libertação imediata das estudantes seqüestradas na Nigéria.

Entrevistado pela Rádio Vaticano, o purpurado francês falou sobre sua visita de três dias à Jordânia:

Cardeal Jean-Louis Tauran:- "Estes três dias foram transcorridos numa atmosfera de excepcional abertura e de amizade, e isso confirma que o diálogo inter-religioso se inicia sempre com a amizade, para conhecer-se, para querer-se bem. O tema geral do encontro fez-nos refletir sobre como encarar os desafios de hoje através da educação. Insisti sobre o papel indispensável da família, da escola e da universidade. A coisa importante é que este encontro encerrou-se com a publicação de um "decálogo da cultura", que convida a jamais renunciar a curiosidade intelectual, a serem humildes e não intelectualmente arrogantes, a conservar a própria autonomia intelectual, diante da superficialidade do mundo de hoje, perseverar no cuidado da vida interior e considerar o pluralismo uma riqueza e não uma ameaça."

A seguir, o "decálogo da cultura" para todos os agentes envolvidos na educação:

    Jamais renunciar a curiosidade intelectual;
    Tenham coragem intelectual, não resignação intelectual;
    Sejam humildes e não intelectualmente arrogantes;
    Pratiquem a empatia intelectual, ao invés de uma mentalidade fechada;
    Respeitar a integridade intelectual;
    Manter a autonomia intelectual de vocês;
    Perseverem diante da superficialidade que os circunda;
    Confiem na razão;
    Sejam leais e não intelectualmente desleais;
    Considerem o pluralismo como riqueza, não como uma ameaça.

(RL)







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