Cidade
do Vaticano (RV) – Em sua série de audiências, na manhã deste sábado, o Papa Francisco
recebeu, na Sala do Consistório, no Vaticano, cerca de 200 participantes no Encontro
promovido pela Conferência italiana dos Institutos Seculares.
Aos numerosos
presentes, o Santo Padre entregou um discurso, no qual diz “conhecer e apreciar este
tipo de vocação secular, que é uma das formas mais recentes de vida consagrada, reconhecidas
e aprovadas pela Igreja. E, talvez, por este motivo, este tipo de vida ainda não é
plenamente compreendido. Por isso, o Papa os encorajou dizendo que “eles fazem parte
daquela Igreja pobre e em saída que ele sonha”.
Trata-se de leigos e sacerdotes,
explicou o Papa, que, por vocação, estão no meio dos outros e como os outros, mediante
uma vida normal, sem sinais exteriores, sem o apoio de uma vida comunitária, sem a
visibilidade de um apostolado organizado e de obras específicas. Mas, “são ricos de
uma experiência total do amor de Deus. Eis porque são capazes de conhecer e compartilhar
a dureza da vida, nas suas multíplices expressões, fomentando-as com a luz e a força
do Evangelho”.
Vocês, disse o Bispo de Roma, “são o sinal daquela Igreja em
diálogo”... é preciso conformar-se com o tipo de vida daqueles aos quais desejam levar
a mensagem de Cristo; é preciso compartilhar, sem ter privilégios, mas com linguagem
compreensível.
Aqui, o Papa sugeriu: “É preciso, antes de falar, ouvir a voz,
ou melhor, o coração do homem, compreendê-lo e, quando possível, respeitá-lo e encorajá-lo.
Enquanto pastores, pais e mestres, é preciso também ser irmãos dos homens. O clima
do diálogo é a amizade, ou melhor, o serviço”.
Depois, recordando o tema da
Assembléia dos Institutos Seculares “No coração das vicissitudes humanas: os desafios
de uma sociedade complexa”, o Pontífice disse que este é o campo da sua missão
e da sua profecia: “Vocês estão no mundo, mas não são do mundo, e trazem dentro de
si a essência da mensagem cristã: o amor do Pai que salva. Vocês estão no coração
mundo com o coração de Deus”!
“A sua vocação, disse o Pontífice, os leva a
se interessar por cada homem e pelas suas instâncias mais profundas, que, muitas vezes,
não se manifestam externamente... Pela força do amor de Deus, que encontraram e conheceram,
vocês são capazes de aproximação e ternura. Assim, podem até tocar as feridas, as
expectativas e as necessidades de cada um como bons Samaritanos”.
O Santo Padre
concluiu seu discurso recordando que “os membros dos Institutos Seculares são fermento
que se traduz em escuta das necessidades, dos desejos, das decepções, da esperança”.
“Vocês, frisou, podem dar renovada esperança aos jovens, ajudar os idosos, abrir alas
para o futuro, difundir o amor em todos os lugares e situações. Mas, se isto não se
verificar, então é preciso uma urgente conversão!” (MT)