2014-05-08 17:51:40

AG: atividades dos bispos reunidos em Aparecida entram na fase final


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Aparecida (RV) – Neste penúltimo dia de atividades da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, os trabalhos tiveram início com a celebração eucarística na Basílica de Nossa Senhora presidida por Dom Jacinto Bergmann, Arcebispo de Pelotas, RS, e concelebrada pelos Bispos referenciais de Catequese dos Regionais.
Hoje, a celebração teve como intenção especial a ação de graças pela publicação da Constituição Dogmática “Dei Verbum” sobre a Palavra de Deus, aprovada na quarta sessão do Concílio Vaticano II, em 1965. O livro da Palavra de Deus foi simbolicamente acolhido durante a missa, numa procissão conduzida por colaboradores da Conferência dos Bispos.
Em sua homilia, ao retomar a primeira leitura tirada dos Atos dos Apóstolos (8,26-40) que relata a atividade missionária de Felipe e o batismo de um eunuco, dom Jacinto questionou: “Após sermos instrumentos da Palavra e da graça dos sacramentos, somos arrebatados pelo Espírito Santo para novas missões? Somos capazes de chegar aos novos ambientes e regiões de missão, evangelizando até chegar à nossa Cesárea definitiva?” Para o arcebispo, a passagem bíblica interpela a comunidade cristã para assumir o compromisso de uma verdadeira animação bíblica da vida e da pastoral.
O arcebispo agradeceu a Deus pela reflexão, profunda e clara que brota da Constituição Dogmática, e elencou alguns de seus frutos. “Nossa Igreja tornou-se mais atenta em escutar o Senhor, mais profética em anunciar a Palavra e mais misericordiosa em servir a todos. A partir da Dei Verbum, a Bíblia foi devolvida e colocada nas mãos dos fiéis católicos”, afirmou. Dom Jacinto destacou que da publicação deste documento brotou uma corajosa pastoral bíblica e também uma ação geradora de transformação na vida das pessoas.
Os bispos do Brasil, reunidos em Aparecida, discutiram hoje, 8, pela manhã, o Projeto Brasil, uma iniciativa da CNBB por ocasião das eleições 2014. São ações propostas à sociedade para o período eleitoral, convocando os cidadãos a se prepararem conscientemente para o momento da eleição.
Na sequência dos trabalhos, conteúdos de liturgia foram apresentados pelo Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (CETEL) da CNBB, responsável também pela revisão do Missal Romano para a Igreja no Brasil.
O episcopado brasileiro também retoma as discussões do tema prioritário, “Os cristãos leigos e leigas”, que analisa a atuação dos cristãos na Igreja e no mundo, diante dos desafios e mudanças na vida em sociedade. O texto volta ao plenário para avaliação e votação.
Os bispos acompanham, ainda, o relatório do 13º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), realizado de 7 a 11 de janeiro, em Juazeiro do Norte (CE). O evento reuniu mais de 4 mil participantes, entre eles lideranças indígenas no Brasil que pediram maior agilidade na defesa de seus territórios e a preservação de suas culturas. O tema do 13º Intereclesial foi “Justiça e Profecia a serviço da Vida” e lema “CEBs romeiras do reino no campo e na cidade”.
Já no dia de ontem o Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), Cardeal Orani João Tempesta, apresentou aos jornalistas, o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil. Trata-se do Documento número 99 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Foi durante a gestão de Dom Orani, na presidência da Comissão para a Comunicação, que foi retomada a proposta de produção do Documento, a partir da publicação do Estudo 101 “A Comunicação na vida e missão da Igreja”.
Dom Orani relembrou os caminhos percorridos para a produção do Diretório e disse que a Igreja sempre esteve atenta às transformações tecnológicas. E esse documento chega em um momento em que a Igreja celebra os 50 anos Concílio Ecumênico Vaticano II, com a promulgação do Decreto Inter Mirifica, sobre comunicação”, destacou Dom Orani. A Rádio Vaticano conversou com Dom Orani…
Ainda durante os trabalhos de ontem da Assembleia Geral foi aprovada, por unanimidade, a realização do Ano da Paz. Durante a reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), que reúne a presidência da CNBB e os presidentes das Comissões da entidade, serão definidas atividades e propostas de ações para a vivência deste momento.
O ano da paz terá início no primeiro domingo do Advento (30 de novembro de 2014) e vai até o Natal de 2015. De acordo com o Bispo auxiliar de Brasília (DF) e Secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, a paz está relacionada com as relações. “A paz é vital para as relações, a paz nasce de relações novas, de relações equilibradas", disse.
Para ele, o aumento da violência dá a sensação de relações quebradas. “É preciso ajudar a reconstruir este tecido de elos, de relações”, comentou.
Dom Leonardo explicou que o ano da paz pode contribuir na reflexão sobre os motivos da violência. “Um ano da paz pode nos ajudar muito: refletir sobre o porquê da violência, sobre a necessidade da paz, mas também busca, junto à população, junto às nossas comunidades, momentos onde eles possam expressar que desejam viver em harmonia e em fraternidade”, sinalizou.
(De Aparecida para a Rádio Vaticano, Silvonei José)







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