Pátio dos Gentios na Feira Internacional do Livro de Turim

Turim (RV) - O 'Pátio dos Gentios' abordará o tema "Libertar o trabalho. Máfia e emprego para os jovens" na 27ª edição da Feira Internacional do Livro de Turim, na Itália, a ser realizada de 8 a 12 deste mês.

Será debatido como as organizações criminosas penetraram na estrutura econômica e financeira da Itália e outros países, criando uma economia enganosa, baseada na mentira, que oferecendo grandes fluxos de dinheiro parece dar segurança econômica e trabalho, especialmente aos jovens. A crise financeira, econômica e social que a Itália está vivendo, favoreceu a estabilização dessas estruturas criadas pela máfia.

Podemos dizer que os grupos criminosos corroem a economia, alterando as dinâmicas do mercado de trabalho, da economia e das finanças? O engano se revelará num período breve ou longo, causando prejuízos difíceis de reparar? As respostas a essas perguntas serão dadas pelo Procurador Nacional da DNA (Direção Nacional Antimafia), Franco Roberti, que apresentará um relatório sobre o fenômeno no centro e norte da Itália, e pelo Magistrado de Cagliari, Filippo Dispenza, que graças à sua experiência na Interpol, Organização Internacional de Polícia Criminal, ampliará o horizonte para o âmbito mundial.

Também falará sobre o fenômeno da máfia o Presidente da Federcasse, Alessandro Azzi, que hoje controla uma grande parte do mercado de crédito na Itália, tradicionalmente próximo aos artesãos e pequenas empresas. O Presidente da Sermig (Serviço Missionário Juvenil) de Turim, Ernesto Oliviero, dará seu testemunho como voluntário; Antônio Diana, filho de um empresário assassinado por não se curvar diante das ameaças da Camorra, levará o exemplo de uma empresa saudável, resistente a chantagens e ameaças criminosas da Camorra.

Estará presente o Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi, que ilustrará como esse tema está em sintonia com os interesses e valores do 'Pátio dos Gentios', estrutura criada por Bento XVI para promover o diálogo entre crentes e não-crentes. (MJ)