Declarações de Erdogan sobre genocídio armênio "são positivas mas não suficientes",
diz Patriarca Armênico-católico
Beirute (RV) - “O que fez o Premier turco Tayyip Erdogan é uma coisa boa e
positiva, mas é uma coisa mínima em relação ao que esperam todos os armênios. É como
ver que te é concedido 3% daquilo que tu tens direito”. Assim o Patriarca Armênio-católico,
Nerses Bedros XIX Tarmouni, comentou à Agência Fides a atitude do Primeiro Ministro
turco Erdogan que, em 24 de abril, dia em que se recordou o 99º aniversário do Genocídio
armênio, ofereceu pela primeira vez as condolências da Turquia aos descendentes dos
armênios mortos “nas circunstâncias do início do século XX”.
O Patriarca acrescentou
que “é um dever humano entender e partilhar a vontade dos armênios em recordar os
seus sofrimentos durante aquele período”. Segundo Dom Tarmouni, a decisão de Erdogan
“certamente é positiva, mas parece muito exígua para contentar as expectativas e as
esperanças dos armênios que esperaram 99 anos pelo reconhecimento ou pelo que aconteceu
agora”.
Nas suas declarações, Erdogan não fez uso da expressão “genocídio”,
mas sublinhou que os eventos sanguinários verificados em concomitância com o fim do
Império Otomano dizem respeito também à turcos, árabes e curdos. (JE)