Cardeal Parolin: perseguições por demais contra cristãos no mundo
Cidade do Vaticano (RV) - Ainda hoje "em vários contextos muitos nossos irmãos
e irmãs permanecem objeto de um ódio anticristão". O Cardeal Secretário de Estado
Pietro Parolin recordou nossos mártires na missa organizada pela Comunidade de Santo
Egidio, celebrada na tarde desta terça-feira, em Roma.
São pessoas como nós,
com os mesmos medos e fraquezas, no entanto, parecem "heróis distantes dos nossos
limites e das nossas contradições". São os cristãos que vivem em países onde declarar-se
cristão se dá colocando em risco a própria vida.
O Cardeal Parolin citou uma
famosa homilia do Papa Francisco celebrada na Casa Santa Marta, um ano atrás, na qual
disse que também "no Séc. XXI a nossa Igreja é uma Igreja de mártires".
"Em
vários contextos – repetiu o purpurado – muitos nossos irmãos e irmãs permanecem objeto
de um ódio anticristão. Não são perseguidos porque lhe é contestado um poder mundano,
político, econômico ou militar, mas propriamente porque – disse – são testemunhas
tenazes de outra visão da vida, feita de serviço, de liberdade, a partir da fé."
A
geografia das perseguições é vasta: Nigéria, Paquistão, Indonésia, Iraque, Quênia,
Tanzânia, República Centro-Africana. E não são somente os católicos, mas também ortodoxos,
evangélicos e anglicanos a suportar o peso da coerência por amor a Jesus.
"As
testemunhas da fé – disse uma vez João Paulo II – não consideraram" o "próprio bem-estar,
a própria sobrevivência como valores maiores do que a fidelidade ao Evangelho." Agradeçamos
a elas – concluiu Dom Parolin – pelo fato de permanecerem "apesar das ameaças e das
intimidações" para "mostrar em todos os lugares o nome do Senhor Jesus, verdadeira
origem da globalização do amor". (RL)