Tranquilidade e grande afluência nas eleições na Guiné-Bissau. Satisfação dos Observadores
internacionais
Os guineenses votaram para escolher entre os 13 candidatos quem será um novo Presidente
da República para guiar os destinos do País durante 5 anos. É a primeira eleição
realizada após o golpe militar de 12 de Abril de 2012 que aconteceu na véspera do
inicio da campanha eleitoral para a 2ª volta das eleições presidenciais realizada
após a morte do defunto Presidente, Malam Bacai Sanhá, eleito democraticamente. As
eleições deste domingo vêm portanto encerrar o ciclo de transição de 2 anos na Guiné-Bissau.
Nas
legislativas desfilaram 15 partidos que disputaram os 102 lugares no parlamento. Todos
os candidatos manifestaram-se confiantes na vitória logo na 1ª volta das eleições. O
Presidente de Transição, após a votação, pediu participação dos guineenses e que este
dia seja aproveitado para mudar o estado do país.
O processo decorreu sem sobressaltos
e foi observado por mais de 500 observadores internacionais, vindos da CPLP, União
Africana, CEDEAO (com o maior número de observadores, 220), Parlamento Britânico,
Timor-Leste, Nova Zelândia, União Europeia, e a Organização da Francofonia.
No
país, as “Redes de Mulheres pela Paz e Segurança na África Ocidental” e a “Plataforma
Política de Mulheres” formaram observadores nacionais que estão no terreno. Criaram
um Centro de monitoramento do Processo Eleitoral que recebe informações dos monitores
no terreno sobre diversas situações eleitorais. O Centro que está a trabalhar com
Mulheres da sub-região especialista na matéria de alerta precoce registou apenas informações
sobre desdobramento das mesas, não há nada de incidentes e casos que possam complicar
o processo.
Indira Correia Baldé em Bissau
Entretanto, como informam
diversos meios de comunicação, os Observadores e representantes de organismos internacionais
que acompanham o processo eleitoral na Guiné Bissau consideraram positiva a afluência
às urnas nas eleições legislativas e presidenciais que decorreram neste domingo (13)
neste país africano. Para Ramos Horta, ex-presidente de Timor Leste e representante
especial do secretário-geral das Nações Unidas, a afluência às urnas pode ter chegado
a 80 por cento ou mais. Dezenas de observadores internacionais acompanharam a
votação, para a qual estão aptos 775,5 mil eleitores. As eleições legislativas, para
os 102 assentos na Assembleia, com mandatos de quatro anos, foram disputadas por 15
partidos. Já as presidenciais contaram com 13 candidatos, sendo o mandato de cinco
anos. Em geral, os observadores internacionais consideraram positiva a forma como
decorreram as eleições no conjunto do país, cujo processo democrático foi interrompido
há dois anos, no dia 12 de abril, por um golpe militar. A eurodeputada Ana Gomes,
do Partido Socialista português, presente em Bissau, disse à rádio portuguesa TSF
que as eleições decorrerem com tranquilidade, com grande afluência às urnas. Também
Joaquim Chissano, ex-presidente de Moçambique, chefe da missão de observadores da
União Europeia, disse que o ato eleitoral correu "muito bem". No mesmo sentido
se pronunciaram observadores da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(Cedeao) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). As missões internacionais
que acompanham o processo deverão apresentar nesta segunda-feira relatórios preliminares.
Os resultados da votação só deverão ser anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral
nos próximos dias.