2014-04-14 17:34:06

Tem início a Páscoa judaica


Cidade do Vaticano (RV) – Do pôr-do-sol deste 14 de abril até o dia 22, é celebrada a Pesach, ou, Páscoa judaica. Uma recorrência também lembrada pelo Papa Francisco, que enviou, na última sexta-feira (11), uma mensagem de felicitações ao Rabino Chefe da Comunidade judaica de Roma, Riccardo di Segni.

A Páscoa judaica, chamada de Pesach – termo que significa “passagem” -, é uma das três festas mais importante do judaísmo. Seus fundamentos encontram-se no Livro do Êxodo (Cap. 12): Deus liberta Israel, seu povo, da escravidão do Egito, e o liberta dizendo que “passará” pelo Egito atingindo e castigando os inimigos. Desta “passagem” de Deus é tirada a expressão “Pesach”.

Por vontade divina, a Páscoa judaica deve ser celebrada todos os anos, transmitindo a história da fidelidade de Deus ao seu povo e da libertação da escravidão a todas as gerações. O Livro do Êxodo diz que a recordação daquele evento da história da salvação deve ser recordado para sempre: é um memorial. A festa também está ligada ao ciclo das estações, em particular à maturação dos primeiros cereais no Oriente Próximo. Assim, na noite do dia 14 do mês de Nisan, portanto, no dia 15, os judeus, reunidos em família, pequenas e grandes, encontram-se para celebrar a Páscoa com a janta chamada “seder”, que significa “ordem”.

De fato, durante a refeição, são cantados hinos, rezadas orações e feitas meditações (como aquelas tiradas do Haggadah do Pesach, um tipo de comentário-homilia sobre o significado da Páscoa), perguntas e comentários, seguindo uma ordem. São consumidas ervas amargas e o mitzá, o pão ázimo, uma recordação do fato de que não havia tempo para levedar o pão para a fuga do Egito, mas também, símbolo da dificuldade da escravidão e do chamado, por parte de Deus, para eliminar a corrupção do pecado que está escondida no coração do homem.

A Pesach tem uma duração de sete dias em Israel e de oito para as comunidades hebraicas da diáspora: o primeiro e último dia (para a diáspora são os últimos dois) são muito solenes. A relação entre os membros do povo judaico e com Deus, Senhor da Liberdade, contra a opressão e o opressor, é renovada, mas também, novamente ritualizada. (JE)








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