“Crianças e avós são a esperança de um povo”: Papa Francisco aos membros do Movimento
Italiano pela Vida
O Papa Francisco recebeu nesta sexta-feira na Sala Clementina 470 membros do Movimento
italiano pela Vida. Na primeira parte do seu discurso, o Santo Padre falou da importância
da vida, contra uma economia que considera o ser humano como um bem de consumo, ao
citar a cultura do “descartável” conforme está escrito também na sua Exortação apostólica
Evangelii Gaudium, 53. E para garantir o valor da vida, hoje devemos dizer
“não a uma economia de exclusão e injustiça”, disse o Papa Francisco.
“Um dos
riscos mais graves nesta nossa época é a separação entre economia e moral, entre as
possibilidades de um mercado que oferece a cada dia novidades tecnológicas e regras
éticas elementares da natureza humana, sempre mais negligenciadas. É preciso, portanto,
reiterar a mais firme oposição a qualquer atentado directo à vida, especialmente inocente
e indefesa, e o nascituro no seio materno é inocente por antonomásia“.
O Santo
Padre recordou ainda um encontro que teve com médicos, alguns anos atrás, ao final
do qual um médico o procurou e lhe entregou um pacote, dizendo: “Padre, eu quero deixar
isto consigo. Estes são os instrumentos que eu usava para abortar. Eu tive um encontro
com Deus, estou arrependido e agora luto pela vida!”
"É missão do cristão
sempre dar testemunho evangélico da vida e protegê-la com coragem e amor", disse o
Papa Francisco.
Ao falar das crianças, o Papa recordou também os avós, “que
são a outra parte da vida. Porque também nós devemos cuidar dos avós, porque as crianças
e os avós são a esperança de um povo. Os avós, porque têm a sabedoria da história,
são a memória de um povo. Manter a vida num tempo onde as crianças e os avós entram
nesta cultura do descarte e são pensados como material descartável... Não! As crianças
e os avós são a esperança de um povo”.
E por fim, encorajou as mulheres, pedindo
que se sintam ouvidas, acolhidas e acompanhadas.