2014-04-12 13:02:16

Editorial: Contagiar o mundo com a alegria


Cidade do Vaticano (RV) – RealAudioMP3 Neste Domingo de Ramos que nos introduz à Semana Santa - a Semana por excelência para os cristãos de mundo inteiro e que nos levará a meditar a paixão e morte de Jesus e depois exultar com a Páscoa da ressurreição -, celebramos, além da entrada triunfante de Jesus em Jerusalém, a Jornada Mundial da Juventude em nível diocesano. De fato, todas as dioceses do mundo celebrarão neste dia 13 este evento especial que envolve jovens de todas as idades. No último dia 6 de fevereiro, Papa Francisco publicou sua mensagem para esta ocasião cujo tema é «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3). A mensagem traz a data de 21 de janeiro, Memória de Santa Inês, virgem e mártir.

Na sua primeira mensagem para a JMJ, Francisco, depois dos grandes e intensos momentos vividos no Rio de Janeiro com a “Jornada carioca”, que ficou esculpida na mente e nos corações dos jovens do mundo inteiro, continua, se assim podemos dizer, o seu colóquio, a sua conversa com os jovens: o Santo Padre recorda, antes de tudo, que o próprio Jesus mostrou o caminho a seguir, encarnando as Bem-aventuranças em toda a sua vida: viver as Bem-aventuranças hoje é para os jovens um verdadeiro e próprio desafio.

O Papa exorta os jovens a rejeitarem toda oferta de felicidade “a baixo preço”, a encontrar a “coragem da felicidade” autêntica que só Deus pode dar. Francisco explica então aos jovens o que significa ser pobre em espírito, entrando no coração do tema desta Jornada Mundial da Juventude. O próprio Jesus escolheu uma via de despojamento e de pobreza e o Papa dirige aos jovens o forte convite a imitá-lo, indicando-lhes o exemplo de São Francisco de Assis. Os jovens são, portanto, chamados à conversão, a abraçar um estilo de vida marcado pela sobriedade, pela busca do essencial e pela sobriedade concreta em relação aos pobres.

O Santo Padre ressalta ainda a ligação profunda entre o tema da JMJ do Rio – “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19) – e a Bem-aventurança dos pobres em espírito. Sem dúvidas, a pobreza evangélica é condição essencial para que o Reino de Deus se estenda: muitas vezes brota dos corações mais simples a alegria autêntica que é o próprio motor da evangelização.

O Papa recorda, enfim, o trigésimo aniversário da entrega aos jovens da Cruz do Jubileu da Redenção. “Foi precisamente a partir daquele ato simbólico de João Paulo II que teve início a grande peregrinação juvenil que, desde então, continua a atravessar os cinco continentes”; e Francisco anunciou ainda que, após a sua canonização, João Paulo II será o grande patrono das Jornadas Mundiais da Juventude.

As Jornadas são “um grande sinal de esperança, um grande dom, um estimulante para a criatividade e imaginação missionárias”: palavras do Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko, que nesta semana abriu, nas proximidades de Roma, o encontro internacional sobre as Jornadas Mundiais da Juventude Rio 2013 e Cracóvia 2016, que se encerra neste domingo, dia 13. As Jornadas Mundiais da Juventude se tornaram parte integrante da pastoral da juventude no mundo e deve ser entendida a importância do projeto pastoral que elas trazem para a Igreja, ressaltou o purpurado.

Ao falar da JMJ no Rio de Janeiro, Cardeal Rylko a definiu como “revolucionária, capaz de um impulso missionário de força extraordinária para toda a Igreja e para as gerações jovens”. “Uma gigantesca semeadura da Palavra de Deus, em especial nos corações dos jovens”. Agora, esta grande aventura da fé continua rumo a Cracóvia 2016, para onde a JMJ voltará depois de 25 anos da experiência extraordinária de Czestochowa, em 1991.

A JMJ deste domingo precede um evento histórico e de importância singular para a Igreja, a canonização de dois Papas, João XXIII e João Paulo II. E, certamente, os jovens que viveram os eventos das Jornadas Mundiais já projetam o seu olhar para Cracóvia. Em 2016, em Cracóvia, "João Paulo II voltará entre seus jovens como o Santo Patrono, amigo do céu em que se pode confiar".

Papa Francisco, como todos pudemos notar e sentir desde a sua eleição à Cátedra de Pedro, confia muito nos jovens e não perde a oportunidade para convidá-los a terem esperança, a serem corajosos. Corajosos em seguir Cristo, em responder ao seu chamado, a viver a sua verdadeira juventude, ir contracorrente, ser jovem cheio de utopias e desejos. Francisco encoraja os jovens a desejarem coisas grandes, a ampliarem seus corações; a terem a coragem da verdadeira felicidade! Dizer não à cultura do provisório, da superficialidade e do descartável. O Papa encoraja os jovens a serem felizes e a contagiarem o mundo com a sua alegria.
(Silvonei José)







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