2014-03-31 20:45:03

Cardeal Turkson: "Os integrantes do mercado são pessoas e não objetos"


Houston (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Turkson, participou nesta segunda-feira, em Houston, nos Estados Unidos, de uma conferência sobre a relação entre ética e economia, promovida pela Faculdade de Economia da Universidade Católica Santo Tomás.

Em sua palestra intitulada "Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia: colocar a ética a serviço da economia", o purpurado reiterou os princípios da Doutrina Social da Igreja, evidenciando como ela ajuda a produzir bons produtos, bom trabalho e boa riqueza.

O Cardeal Turkson recordou que "os integrantes do mercado são pessoas, não objetos ou meros consumidores e que a economia requer solidariedade com os pobres e serviço em favor do bem comum. O sistema econômico deve olhar para as comunidades como tal, promovendo a dignidade do trabalho humano e contribuindo para o pleno desenvolvimento humano dos trabalhadores".

O Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz falou sobre a boa riqueza, instrumentos econômicos que olham para o lucro de uma forma saudável, tendo em conta o ambiente cultural e natural, apontamento para a distribuição justa.

Em seguida, o purpurado se deteve sobre os desafios que a Universidade Católica de Houston deve enfrentar: ensinar aos estudantes a não viverem uma vida que separe negócios e fé, mas que eles se lembrem sempre do valor incondicional da pessoa humana e a importância de seu desenvolvimento integral. Por esta razão, os jovens devem ser capazes não só de discernir o aspecto ético da economia, mas também saber agir com base nos valores cristãos a fim mudar a sociedade.

O representante vaticano convidou a não relegar a ética a um curso acadêmico separado, distante das outras disciplinas a fim de evitar deformar os estudantes ao invés de formá-los.

A crise econômica e financeira que atingiu o mundo, em 2008, demonstrou que se um sistema provoca muitos danos, então não é um bom sistema. O Cardeal Turkson espera que os economistas de amanhã entendam que a sua vocação inclui a necessidade de alimentar os famintos e desarraigar a pobreza. (MJ)







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