2014-03-24 13:52:28

Igreja e a crise entre Bolívia e Chile


Al Alto (RV) - O Secretário Geral da Conferência Episcopal boliviana e Bispo de El Alto, Dom Eugenio Scarpellini, em uma videomensagem, afirmou que apesar da Bolívia ter razão ao reivindicar o seu direito de haver uma saída para o mar, isso deveria ocorrer através do diálogo solidal e pacífico. Ao recordar o aniversário da guerra contra o Chile que, no final de 1800, sancionou a perda do acesso ao mar por parte da Bolívia, Dom Scarpellini sublinhou que tais eventos históricos, que por muito tempo prejudicaram as relações entre a Bolívia e o Chile, devem servir a buscar ações e soluções novas que permitam a ambas as nações de crescerem na fraternidade e na solidariedade para atingir o desenvolvimento e o bem-estar das recíprocas populações.

A mensagem do episcopado boliviano se insere no vivo das polêmicas que se referem ao pedido apresentado no ano passado pela Bolívia à Corte Internacional de Justiça de Haia, para “obrigar” o Chile a negociar em “boa fé” uma saída para o Oceano Pacífico.

Todos os anos, no dia 23 de março, os bolivianos celebram o Dia do Mar, com atos e discursos oficiais que recordam a data na qual a Bolívia, junto com o Peru, perdeu a guerra contra o Chile, no final do século XIX. Neste conflito, conhecido como a Guerra do Pacífico, a Bolívia teve que ceder 120 mil quilômetros quadrados de território e 400 quilômetros de costa que hoje pertencem à região chilena de Antofagasta.

Após a tomada de posse da Presidente chilena Michelle Bachelet, o governo de La Paz declarou estar disponível a discutir sobre todos os temas de interesse bilateral, com exceção do pedido de acesso ao mar. A troca de declarações entre os dois governo criou intensas controvérsias, sobretudo, em vista do dia 17 de abril próximo, quando a Bolívia apresentará à Corte de Haia, um memorando conclusivo com a argumentação jurídica e histórica do recurso sobre a saída para o Pacífico. (SP)








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