Cidade do Vaticano (RV) - Um encontro realizado em um clima de grande simplicidade
e espírito de família: assim foi definido o encontro vivido na manhã desta quarta-feira,
no Vaticano por um grupo de 20 representantes de oito religiões com o Papa Francisco,
representando 250 pessoas, entre cristãos, muçulmanos, hindus, hebreus, sikhs, budistas
e de outras religiões, participantes do encontro “Chiara e as religiões. Juntos rumo
à unidade da família humana”, em andamento desta a última terça-feira em Castel Gandolfo.
O Papa Francisco expressou seu apreço pela iniciativa em recordação de Chiara Lubich,
fundadora do Movimento dos Focolares, seis anos após a sua morte e concluiu: “Importante
é caminhar e nunca parar”. A todos então o pedido “rezem por mim”.
Sobre a
importância deste original evento que se conclui nesta noite de quinta-feira com uma
palestra pública na Pontifícia Universidade Urbaniana, a Rádio Vaticano ouviu Roberto
Catalano, Diretor do Centro para o Diálogo Inter-religioso do Movimento dos Focolares:
R.
- Uma das definições mais típicas da personalidade de Chiara Lubich foi a de “mulher
de diálogo”. Diálogo que ela fez dentro da Igreja Católica, com os fiéis de outras
comunidades eclesiais e de outras Igrejas, com as pessoas de outras religiões e com
pessoas que não têm uma referência religiosa, especialmente com pessoas de outras
religiões. Ela pessoalmente se encontrou com budistas, hindus, hebreus, muçulmanos,
sichks e desses encontros -, além das experiências do Movimento no mundo - nasceu
uma experiência de diálogo que nós chamamos de “diálogo da vida”, mas que, em seguida,
se desenvolveu no diálogo de “cooperação”, no diálogo da “comunhão de experiências”
e também no âmbito “acadêmico”. Sempre foram diálogos bilaterais: budista-cristãos,
hindu-cristãos, hebreu-cristãos, muçulmano-cristãos. Desta vez, porém, se pensou em
fazer um encontro inter-religioso: pela primeira vez, os representantes desses diálogos
bilaterais se reuniram para fazer esta experiência comum de diálogo. (SP)