Pastor apaixonado: o pesar do Papa pela morte do Patriarca emérito de Lisboa
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco expressou seu pesar pela morte do
Patriarca emérito de Lisboa, Card. José da Cruz Policarpo.
Através de um telegrama,
o Pontífice escreve: “Confio à misericórdia de Deus o amado cardeal, recordando-me
da sua preciosa colaboração nos diferentes organismos da Santa Sé e dos meus encontros
com este pastor apaixonado pela busca da verdade. Ele era solícito em colocar os dons
recebidos do Senhor ao serviço do povo de Deus e dos seus irmãos bispos, sobretudo
nos anos que o viram Presidente da Conferência Episcopal. Dou graças ao Pai do Céu
pelo seu ministério episcopal em que ele se prodigalizou com generosidade conduzindo
pelos caminhos do Evangelho o povo que lhe fora confiado, com o mesmo zelo com que
realizara os seus serviços precedentes, nomeadamente na Universidade Católica Portuguesa”.
Já os Bispos portugueses reunidos em Fátima, para fazer o seu Retiro anual, agradecem
a Deus a sua vida rica de boas obras, intensamente dedicada ao serviço da Igreja e
do mundo, intervindo no campo pastoral, cultural e social com sabedoria e coragem
evangélicas. “Todos reconhecemos nele uma figura marcante na renovação da Igreja em
Portugal, com o seu sábio discernimento dos sinais dos tempos para responder aos desafios
dos tempos presentes.”
O patriarca emérito será sepultado esta sexta-feira
na Catedral da capital portuguesa, num dia de luto nacional decretado pelo Governo.
O
cardeal faleceu esta quarta-feira, aos 78 anos, em consequência de problemas cardíacos.
D.
José Policarpo foi criado cardeal em 2001, no mesmo consistório do então arcebispo
D. Jorge Mario Bergoglio, hoje o Papa Francisco, com quem participou em dois conclaves.
A
Missa exequial vai ser presidida por D. Manuel Clemente, sucessor de D. José Policarpo,
a partir das 16h00, e vai ser seguida de cortejo para o Panteão dos Patriarcas, no
Mosteiro de São Vicente de Fora.
O presidente da República anunciou a sua presença
na celebração: “Todos os Portugueses, crentes e não crentes, lamentam a perda de uma
personalidade ímpar, que pela lucidez serena e pela luminosa inteligência da sua palavra
constituiu, ao longo de décadas, uma das mais importantes referências éticas e espirituais
da nossa sociedade”, refere a mensagem de Aníbal Cavaco Silva.