Maringá (RV) - “Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos
anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento
aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. O período do Carnaval era marcado
pelo ‘adeus à carne’ ou do latim ‘carne vale’ dando origem ao termo ‘carnaval’. Durante
o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade
brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles
e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX.
A cidade de Paris
foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como
Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspiraram no Carnaval parisiense
para implantar suas novas festas carnavalescas. Já o Rio de Janeiro criou e exportou
o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do
mundo, como São Paulo, Tóquio. O Carnaval do Rio de Janeiro está atualmente no Guinness
Book como o maior Carnaval do mundo.” (Enciclopedia do Google).
O sentido de
fazer festa, nos leva a necessidade de comemorar datas importantes, em âmbito pessoal,
familiar ou social. Sente-se o desejo de que outras pessoas participem daquele momento
alegre, festivo, cheio de emoção, mas também existe a necessidade de se encontrar
estabelecendo relacionamentos novos, se aproximando mais uns dos outros.
Esse
estilo de festa ainda hoje existe e faz bem a todos. O estilo estravagante, exagerado,
misturando o direito de se encontrar e divertir, com bebedeiras, drogas, libertinagem
sexual, relaxamento dos bons costumes, isso nunca pode ser chamado de festa. O ser
humano é insaciável em todos os sentidos, nunca esta satisfeito, por isso busca toda
a forma de prazeres, pensando que ali está o sentido último da vida. Frustações se
sucedem, e o gosto de viver desaparece.
Depois destes abusos, muitos pensam
que ir ao templo e receber as cinzas está tudo resolvido. Não é magia e nem superstição
o rito da Quarta-Feira de cinzas, quando iniciamos o caminho de quarenta dias para
a celebração da Páscoa.
Ao receber a cinza, resultado do ramo queimado, ouvimos
as palavras do Mestre: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1, 12-15).
Aqui
não tem nada de mágico, e sim um convite para deixar tudo, mudar o rumo da vida, colocar
o destino na direção da eternidade. Sem essa dimensão sobrenatural, transcedental
da vida humana vive-se como “barata tonta”, sem rumo e sem sentido de estar no mundo.
Por
isso a prática do jejum e da abstinência de carne, nos provoca a dominar nosso estômago,
a comer menos, a repartir com quem não tem.
Não se trata de não comer carne
para comer um bacalhau caro. Isso pode ser hipocrisia. Posso fazer jejum de comida,
como posso jejuar a língua faladeira, a mão da roubalheira, os desejos de possuir
sem necessidade, enfim, não se trata de coisas e sim de abster-se de atitudes anti-cristãs,
anti-evangélicas.
Cristãos de fachada, de aparência, de faz de conta: chegou
a hora de tirar as máscaras, e mostrar o verdadeiro rosto. Somos ou nao somos díscpulos
de Jesus? Adeus à carne, adeus a tudo o que me leva a satisfazer os meus desejos e
vontades descontroladas.
Que não seja mais uma quaresma, e sim, a grande oportunidade
que Deus me dá para recomeçar um caminho de seguimento de Jesus, nosso Mestre e Senhor.
Desde já, boa quaresma para você e sua família!