2014-03-01 10:01:25

Santa Sé presente na Expo 2015 de Milão – “Nem só de pão” é o tema escolhido


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A Santa Sé estará presente na Exposição Internacional de Milão agendada para o próximo ano de 2015. Foi nesta semana assinado no Vaticano na Sala Regia do Palácio Apostólico o Protocolo de Participação com as presenças do Administrador Delegado da Expo 2015, Giuseppe Sala, em representação do governo italiano, e pelo Cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura e Comissário Geral da Santa Sé para este grande evento internacional. O tema geral da Exposição Universal é: “Nutrir o Planeta, Energia para a Vida”. A Santa Sé escolheu como motivo temático da sua participação o valor simbólico da alimentação com a frase: “Nem só de pão”, citação do Livro do Deuteronómio e afirmada por Jesus: “Nem só de pão vive o Homem”. O Cardeal Ravasi prestou declarações à Rádio Vaticano sobre a oportunidade desta participação:
Como Santa Sé queremos também dar relevo ao tema do simbolismo da comida. Por isso, aquela citação que está no Deuteronómio e que está nos lábios de Jesus: ‘Nem só de pão vive o Homem’. Sobre uma mesa – o altar é sempre uma mesa – estão o pão e o vinho. São dois símbolos universais, constantes da comida humana. E são o sinal, para o cristianismo, da presença continua de Cristo.”

A participação da Santa Sé na Expo 2015 será enriquecida pela preciosa colaboração da arquidiocese de Milão e também pela Caritas Internacional. O Cardeal Oscar Rodriguez Maradiaga, Presidente deste organismo falou à reportagem da Rádio Vaticano entrevistado por Amedeo Lomonaco:

A Expo 2015 terá representantes de todo o mundo. Por esta razão, pensamos que seria bom levar numa atitude de criatividade, uma Boa Nova, a algo que poderia ser reduzido a uma simples atividade comercial.”

“...porque é necessário que se volte, por exemplo, ao campo. Voltemos a pensar a agricultura, que foi maltratada nos anos passados e também abandonada em tantos setores. Veja-se, por exemplo, todo o potencial, que tem o continente africano, para produzir alimentos para todo o mundo. É possível, mas requer que exista uma grande solidariedade para poder ajuda-los.”
O Papa Francisco disse em Lampedusa que o pior dos casos seria a globalização da indiferença. É isso que não queremos: não podemos ser indiferentes perante os que morrem de fome. Pensamos que a campanha da Caritas contra a fome no mundo – que se conclui precisamente com esta atividade em 2015 – possa acordar a consciência de tantas pessoas, cristãos e não cristãos. Devemos unir-nos para erradicar, assim como se conseguiu com algumas doenças, o mal da fome no mundo.” (RS)

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