Cidade do Vaticano
(RV) – Em quase um ano de pontificado, Francisco tem insistido na importância
que as Igrejas mantenham suas portas abertas a quem quer que as procure. Portas abertas
não só num sentido literal, mas também metafórico.
Na Exortação Apostólica
Evangelii Gaudium há um parágrafo específico que fala disso, em que o Papa
escreve que nem sequer as portas dos sacramentos se deveriam fechar por uma razão
qualquer. Isto vale sobretudo quando se trata daquele sacramento que é a “porta”:
o Batismo.
“A Eucaristia, embora constitua a plenitude da vida sacramental,
não é um prémio para os perfeitos, mas um remédio generoso e um alimento para os fracos.
Muitas vezes agimos como controladores da graça e não como facilitadores. Mas a Igreja
não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fadigosa.”
Estas
convicções, escreve Francisco, têm também consequências pastorais, que somos chamados
a considerar com prudência e audácia. Quais seriam essas consequências pastorais?
Foi o que perguntamos ao Arcebispo de São Paulo, Card. Odilo Pedro Scherer, presente
nesses dias em Roma.