2014-02-25 19:57:13

Cardeal Pell: melhor gestão da economia vaticana beneficiará os pobres


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) - "Se fizermos um uso melhor dos recursos a nós confiados, poderemos melhorar a nossa capacidade de sustentar as boas obras da Igreja, em particular as nossas obras em favor dos pobres e dos desfavorecidos."

A afirmação é do Cardeal George Pell, a quem nesta segunda-feira o Papa Francisco colocou à frente, como prefeito, da nova Secretaria para a Economia, organismo ao qual fazem parte todas as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé e do Vaticano.

As palavras do purpurado foram divulgadas nesta terça-feira pelo site da Arquidiocese de Sydney, que o Cardeal Pell conduzia há 12 anos e que agora está presentes a deixar para assumir de modo estável em Roma as responsabilidades derivantes de seu novo encargo.

Numa entrevista concedida ao "Sole 24 ore", principal diário econômico-financeiro italiano, o neo-prefeito explica que o trabalho da Secretaria para a Economia – auxiliado pelo Conselho para a Economia – se ocupará da gestão "dos fluxos financeiros de cada dicastério, a partir do spending rewiev" (processo de revisão e redução da despesa pública).

A cada três meses, precisou o Cardeal Pell, "haverá uma verificação sobre entradas e despesas", a fim de reformar o modo de programar os balanços de cada dicastério.

"O critério do balanço mudará", observa ainda o purpurado australiano na entrevista ao "Sole 24 ore":

"Hoje é muito dispersivo, por vezes não é suficientemente transparente. A idéia é a inserção de checks and balandes (verificação e balanço), dando novamente unidade ao balanço, mas, ao mesmo tempo, prevendo maior autonomia de despesa de cada dicastério, que hoje para comprar um bloco de anotações devem ser preenchidos vários módulos. É necessário desburocratizar."

Sobre o Conselho para a Economia, que será composto por 8 cardeais ou bispos e 7 leigos, o Cardeal Pell afirma, ainda – segundo reportado pelo site da Arquidiocese de Sydney –, ter "sempre reconhecido a necessidade para a Igreja de uma condução feita por especialistas neste setor" e, portanto, diz estar "contente" por trabalhar o quanto antes com os membros do próprio Conselho.

"Devemos estar abertos à consultoria de especialistas e conscientes – conclui – da possibilidade de melhorar o modo em que gerimos a nossa administração financeira." (RL)







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