2014-02-20 18:38:07

Bispo Greco-católico ucraniano: "Que cesse todo derramamento de sangue". Mortos passam de cem e feridos são mais de 600


Cidade do Vaticano (RV) – Um apelo para que cesse o derramamento de sangue na Ucrânia e o pedido a todas as Igrejas do país para tocarem os sinos, neste momento em que existe no país o perigo de um verdadeiro “fraticídio”. A lançá-lo foi o Bispo Greco-católico, Dom Sviatoslav Shevchuk, sempre comprometido com os seus sacerdotes e as Igrejas, ao lado dos manifestantes de Maidan, com uma Ucrânia democrática e pró-europeia.

Desde 22 de novembro, dia em que foram iniciadas as manifestações pró-Europa na Praça Madian, a Igreja Greco-católica sempre esteve ao lado dos manifestantes. Os locais de culto em Kiev permaneceram sempre abertos para acolher, dar refúgio e comida quente às pessoas.

Ao presidente ucraniano Viktor Yanukovich, Dom Shevchuk disse: “Nós estamos, fomos e sempre estaremos ao lado do povo”.

Com o desencadear da violência na terça-feira, o chefe da Igreja Greco-católica lançou um apelo: “Com grande pesar devo dizer que os apelos das Igrejas para que fosse evitado o derramamento de sangue e fosse encontrada uma solução pacífica ao conflito, não foram escutados. Em nome de Deus, condeno toda violência, todas violações dos direitos humanos. Gostaria de recordar com veemência que quem tem poder, tem também a plena responsabilidade pelo que está acontecendo no país. Meu apelo é dirigido a cada um para que cesse imediatamente todo o derramamento de sangue. Peço a todos os filhos da Igreja para jejuar, rezar e prestar solidariedade às vítimas”.

A violência voltou a recrudescer nesta quinta-feira (20), após a trégua de ontem. Um balanço do Ministério da Saúde ucraniano informou que 39 pessoas foram mortas na manhã de hoje e 67 desde o início das violências na terça-feira. No entanto, fontes não oficiais revelam que os mortos nesta semana podem chegar a 99.

Na quarta-feira foi morto o jornalista ucraniano Vyacheslav Veremyi. Diversos jornalistas que fazem a cobertura do conflito estão feridos, desde o início das violências. (JE)








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