Prossegue, no Vaticano, reunião do Papa com Conselho de cardeais
Cidade do Vaticano
(RV) - Temos nesta terça-feira o segundo dia, no Vaticano, da reunião do Papa
Francisco com o "Conselho de cardeais" criado em 13 de abril passado para coadjuvá-lo
no governo universal da Igreja e para estudar um projeto de revisão da Constituição
Apostólica Pastor Bonus sobre a Cúria Romana.
O Instituto para as Obras
de Religião (Ior) encontra-se no centro deste segundo dia de trabalhos. Na conclusão
da reunião da manhã o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi,
teve um encontro com jornalistas.
Após a concelebração da missa com o Santo
Padre na Casa Santa Marta, a partir das 9h30 a Comissão – na presença do Papa e do
Secretário de Estado, Dom Parolin – ouviu durante três horas a Comissão referente
sobre o Instituto para as Obras de Religião, quase completa, conduzida esta pelo Cardeal
Farina. Em primeiro lugar – observou Pe. Lombardi –, foram evidenciadas as finalidades
do Instituto:
"Um dos pontos sobre os quais a Comissão trabalhou, e sobre
os quais também os cardeais têm refletido muito, é o da missão do Instituto para as
Obras de Religião. Portanto, ver as questões que dizem respeito às instituições da
Santa Sé em relação com a missão da Igreja, a missão do serviço da Igreja no mundo,
e não simplesmente do ponto de vista de operações econômicas de horizonte limitado."
Mais
em geral, a Comissão sobre o Ior referiu amplamente sobre a realidade do Instituto,
sobre os problemas e sobre a leitura das causas das questões passadas e atuais a serem
resolvidas.
Em seguida – disse o porta-voz vaticano – foram indicadas algumas
orientações relativas à possível renovação e ajuste futuro do próprio Instituto. Todavia,
prosseguiu, essa é ainda uma fase de estudo e de análise e não foi adotada nenhuma
decisão a esse respeito.
Respondendo a perguntas de jornalistas, a propósito
de uma hipotética dificuldade da Atividade de Informação Financeira (Aif) – notícia
difundida nesta terça-feira na imprensa italiana – em relação ao Ior, Pe. Lombardi
ressaltou o diferente papel das duas instituições:
"É preciso fazer uma
distinção muito clara entre o Ior, que existe há tanto tempo, e a Aif, que existe
relativamente há pouco tempo, que é uma instituição completamente nova, que não existia.
Sabemos que a Aif é também um dos temas dos quais se fala muito nos relatórios Moneyval,
porque tem seu papel dentro deste sistema de supervisão, e assim por diante. Embora
a Aif tenha competências que dizem respeito ao Ior, tem competências que dizem respeito
também a muitas outras instituições. Portanto, são duas coisas bem distintas."
Por
fim, sobre a questão de tempo para uma nova Constituição Apostólica, o religioso jesuíta
precisou que ainda é prematuro pensar no "licenciamento" iminente de um documento
dessa natureza porque, mesmo os trabalhos seguindo adiante de modo intenso, ainda
há muito material a ser examinado. Em particular, ainda não há nenhuma antecipação
sobre o que poderá vir a ser uma possível reforma do Ior, ponderou Pe. Lombardi. (RL)