2014-02-12 15:29:19

Igreja Anglicana acelera trâmites para ordenação de mulheres bispo


Londres (RV) – O Sínodo Geral da Igreja Anglicana deu respaldo nesta terça-feira (11), à legislação que levará à autorização da ordenação da primeira mulher bispo da Igreja da Inglaterra, antes dos final de 2014.

Reunidos em Londres desde segunda-feira, o Sínodo Geral – formado por bispos, pastores e leigos – concordou em reduzir de seis para três meses o período em que deverá ser realizada uma consulta sobre esta legislação nas suas 44 dioceses. Na votação sobre a matéria, 358 foram favoráveis, 39 contra e 9 se abstiveram, decisão que abre caminho para a aprovação final da controvertida legislação, em julho próximo. Se aprovada, a nova legislação entrará em vigor antes de novembro de 2014.

No final de 2012, o Sínodo Geral rechaçou a ordenação de mulheres bispo após anos de intensos debates, o que levou a uma ruptura na comunhão anglicana. Christina Rees, da Diocese de St Albans, disse que "ter um período de seis meses não ajudará aqueles que se opõe, em princípio, à ordenação de mulheres. O que fará é continuar a permitir que a Igreja e este Sínodo façam papel de ridículo, minando ainda mais a nossa credibilidade”, assinalou.

David Banting, da Diocese de Chelmsford, por sua vez, criticou a aceleração deste trâmite por considerá-lo “sem precedentes, irresponsável e ademais, não ajuda em nada”.

O Sínodo Geral reúne-se na ‘Church House’ – próximo ao Parlamento britânico – para debater assuntos como as inversões éticas e a ordenação de mulheres bispo.

Este último tema vem causando divisões muito profundas na comunidade anglicana, levando alguns fiéis e pastores a manifestar a intenção de abandonar a Igreja Anglicana, passando para a Igreja Católica.

Entre outros temas, o Sínodo analisa a importância em apoiar inversões éticas, depois que o Arcebispo de Cantuária, Justin Welby, criticou em 2013 as instituições financeiras que concedem crédito a curto prazo e a juros muito altos, levando muitas vezes a um maior endividamento das pessoas, que buscam estes empréstimos por encontrarem-se em situações financeiras limite.

Welby considera que as atividades destas organizações são moralmente incorretas e se diz favorável ao estabelecimento de um limite sobre quantidade de dinheiro que uma pessoa possa receber em empréstimo. (JE)









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