A Semana do Papa – principais actividades de 27 Jan a 2 Fev
Dia 27 A
Igreja não é apenas uma simples organização humana. O que faz a diferença é a unção
que dá aos bispos e sacerdotes a força do Espírito Santo para servir o Povo de Deus.
Esta a primeira afirmação da semana que o Papa Francisco proferiu na missa em Santa
Marta na segunda-feira no início da uma semana onde agradeceu a todos os sacerdotes
e bispos que dão a sua vida no silêncio. “ Mas Padre, eu li no jornal que
um bispo fez isto e um padre fez aquilo! Eh sim, eu também li, mas diz-me, nos jornais
vêm as notícias daquilo que fazem tantos sacerdotes, tantos padres em tantas paróquias
da cidade ou da aldeia, tanta caridade que fazem, tanto trabalho que fazem para levar
em frente o seu povo? Ah não! Isto não é notícia! É aquilo de sempre: faz mais barulho
uma árvore que cai, que uma floresta que cresce. Hoje pensando nesta unção de David,
vai-nos fazer bem pensar nos nossos bispos e nos nossos padres corajosos, santos,
bons e fieis e rezar por eles. Graças a eles hoje estamos aqui!” Dia 28 Na
terça-feira dia 28 o Papa Francisco logo pela manhã celebrou a Eucaristia na Capela
da Casa de Santa Marta. Partindo da leitura do Segundo Livro de Samuel, desenvolveu
a sua meditação da ideia que o texto propõe: ‘David dançava com todas as suas forças
diante do Senhor’. Segundo o Santo Padre, esta oração de louvor é menos frequente
na vida de cada um de nós: “ Mas Padre, isto é para aqueles do Renovamento
no Espírito, não para todos os cristãos!’ Não, a oração de louvor é uma oração cristã
para todos nós! Na Missa, todos os dias, quando cantamos o Santo... Esta é uma oração
de louvor: louvamos o Senhor pela sua grandeza, porque é grande! E dizemos coisas
belas, porque nós gostamos que seja assim. Mas, Padre eu não sou capaz... Mas és
capaz de gritar quando a tua equipa marca um golo e não és capaz de cantar louvores
ao Senhor? De sair um pouco da tua contenção para cantar isto? Louvar Deus é totalmente
gratuito! Não pedimos, não agradecemos: louvamos!” Por ocasião da XVIII
Sessão Pública das Academias Pontifícias, que teve lugar em Roma na terça-feira 28
(memória Litúrgica de São Tomás de Aquino) com a temática "Oculata fide” Ler a realidade
com os olhos de Cristo", o Papa Francisco afirmou que “também as Academias Pontifícias
estão ao serviço da missão de toda a Igreja” numa mensagem enviada para esse acontecimento.
A mensagem foi lida pelo Secretário de Estado Dom Pietro Parolin e os trabalhos
foram introduzidos pelo Cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontifício Conselho
para a Cultura e do Conselho de Coordenação das Academias Pontifícias.
A perspectiva
de “uma Igreja toda a caminho e toda missionária – escreve o Papa – é aquela que se
desenvolve na Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual. O
‘sonho de uma escolha missionária capaz de renovar todas as coisas’ (Evangelii gaudium,
27) diz respeito a toda a Igreja e a todas as suas partes. Também as Academias Pontifícias
são chamadas a esta transformação, para que não falte a sua contribuição ao corpo
eclesial. Não se trata, porém, de fazer operações exteriores, de ‘fachada’. Trata-se,
ao invés disto, também para vocês, de concentrar-se ainda mais ‘no essencial, naquilo
que é mais bonito, maior, mais atraente e também mais necessário’”. Dia 29 Foi
na manhã de uma quarta-feira muito fria em Roma, que cerca de vinte mil peregrinos
saudaram o Papa Francisco na Praça de São Pedro durante a audiência geral. O tema
da catequese do Santo Padre foi o Sacramento da Confirmação. “ A Confirmação
como cada Sacramento, não é obra dos homens, mas de Deus, que toma conta da nossa
vida em modo de nos plasmar à imagem do seu Filho, para fazer-nos capazes de amar
como Ele. Ele fá-lo infundindo em nós o seu Espírito Santo, cuja ação inunda toda
a pessoa e toda a vida, como transparece dos sete dons que a Tradição, à luz da Sagrada
Escritura sempre evidenciou: a Sabedoria, o Intelecto, o Conselho, a Fortaleza, a
Ciência, a Piedade e o Temor de Deus. A estes dons pretendo dedicar as catequeses
que se seguirão àquelas dos Sacramentos.”
Dia 30 No dia 30 de janeiro
o Papa Francisco afirmou na missa em Santa Marta que amar Cristo sem a Igreja é uma
dicotomia absurda. “O cristão não é um batizado que recebe o Batismo e depois
segue o seu caminho. O primeiro fruto do Batismo é fazer-te pertencer à Igreja, ao
Povo de Deus. Não se entende um cristão sem Igreja. E por isto o grande Paulo VI diz
que é uma dicotomia absurda amar Cristo sem a Igreja; escutar Jesus mas não a Igreja.
Não se pode. É uma dicotomia absurda.” Também na quinta-feira dia 30 o
Papa Francisco recebeu a visita dos bispos austríacos que se encontravam em Roma em
Visita Ad Limina Apostolorum. Entretanto no final da manhã recebeu em audiência uma
delegação da Universidade Católica do Estado do Indiana nos Estados Unidos da América. Dia
31 Na homilia da Missa celebrada pelo Papa Francisco na sexta-feira na Casa de
Santa Marta o Santo Padre advertiu para o seguinte: Se perdemos o sentido do pecado,
o maior dos pecados parece pequeno: “ A todos nós pode acontecer esta coisa.
Todos somos pecadores e todos somos tentados e as tentações é o pão nosso de cada
dia. Se algum de nós dissesse: ‘Mas eu nunca tive tentações, ou és um anjo ou és um
tolo! Percebe-se...É normal na vida a luta e o diabo não está tranquilo, ele quer
a sua vitória. Mas o problema – o problema mais grave nesta passagem – não é tanto
a tentação e o pecado contra o nono mandamento, mas é como age David. E David aqui
não fala de pecado mas de um problema que tem que resolver. E isto é um sinal! Quando
o Reino de Deus está menos presente, quando o Reino de Deus diminui, um dos sinais
é que se perde o sentido do pecado.” Também na sexta-feira dia 31 o Papa
Francisco recebeu em audiência os participantes na Assembleia Plenária da Congregação
para a Doutrina da Fé. Trata-se de “um verdadeiro serviço oferecido ao Magistério
do Papa e a toda a Igreja – sublinhou o Santo Padre, que indicou que hão-de ser “sempre
os critérios da fé a prevalecer nas palavras e na prática da Igreja”. “Quando a fé
brilha na sua simplicidade e pureza originária, também o tecido eclesial se torna
o lugar em que a vida da Igreja emerge com toda a sua fascinação e dá fruto”. “Desde
os primeiros tempos da Igreja que existe a tentação de entender a doutrina num sentido
ideológico ou de a reduzir a um conjunto de teorias abstratas e cristalizadas. Na
realidade a doutrina tem como único objetivo servir a vida do Povo de Deus, assegurando
à nossa fé um fundamento seguro”. Dia 1 No sábado dia 1 o Papa Francisco
recebeu na Sala Paulo VI os membros do Caminho NeoCatecumenal O Papa deu o “mandato
missionário” a umas 1.500 pessoas do “Caminho” que partirão para 40 diferentes “missões”
através do mundo, 17 das quais na Ásia. Cada uma destas “missões” é constituída por
quatro ou cinco famílias (com os respetivos filhos) e ainda um padre, um seminarista
e três religiosas em missão. “A comunhão é essencial: por vezes pode ser
melhor renunciar a viver em todos os pormenores o que o vosso itinerário exigiria,
de modo a garantir a unidade entre os irmãos que formam a única comunidade eclesial,
de que vos deveis sentir parte”. Dia 2 Neste domingo, 2 de fevereiro,
na basílica de São Pedro, o Papa Francisco celebrou a Eucaristia da Festa da Apresentação
do Senhor, que é também, desde 1997, o Dia dedicado à Vida Consagrada. Na homilia
o Santo Padre recordou que esta Festa “é chamada também a festa do encontro: o encontro
entre Jesus e o seu povo”, mas “também um encontro no interior da história do povo,
um encontro entre jovens e idosos: os jovens eram Maria e José, com o seu recém-nascido;
os idosos eram Simeão e Ana”. “É um encontro entre os jovens cheios de alegria
a observar a Lei do Senhor e os idosos cheios de alegria pela ação do Espírito Santo.
É um singular encontro entre observância e profecia, onde os jovens são os observantes
e os idosos são os proféticos!” Ao meio-dia, antes da oração mariana do
Angelus, o Papa Francisco começou por recordar que neste Domingo também se celebra
o Dia Mundial da Vida Consagrada, que recorda a importância para a Igreja daqueles
que acolheram a vocação para seguir a Jesus mais de perto no caminho dos conselhos
evangélicos. “…tal consagração é vivida de uma maneira particular pelos
religiosos, pelos monges e pelos leigos consagrados que, com a profissão dos votos,
pertencem a Deus de modo pleno e exclusivo.” “… como já foi anunciado,
o ano de 2015 será dedicado de modo especial à vida consagrada. Confiemos desde agora
esta iniciativa à intercessão da Virgem Maria e de São José que, como pais de Jesus,
foram os primeiros a ser consagrados por Ele, e a consagrar a sua vida a Ele.“
(RS)