Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu em audiência, na Sala Paulo
VI, no Vaticano, no final da manhã deste sábado, cerca de oito mil membros da Comunidade
do Caminho Neocatecumenal.
Em seu discurso, o Papa cumprimentou a equipe internacional,
responsável pelo Caminho Neocatecumenal, os sacerdotes, os seminaristas, os catequistas
e as inúmeras crianças, “dando graças a Deus pela alegria da fé e o ardor do testemunho
cristão dado pela numerosa Comunidade”.
A seguir, o Pontífice dirigiu uma
saudação toda especial “às 75 famílias que serão enviadas, às diversas partes do mundo,
para anunciar e testemunhar o Evangelho, e as agradeceu pela generosidade e por tudo
o que fazem na Igreja e no mundo”.
Toda “Missão entre os Povos” (Missio
ad Gentes), é composta de quatro famílias com seus filhos, geralmente famílias
numerosas, um sacerdote, um seminarista e duas mulheres solteiras, num total de 20
ou 30 pessoas, que deixam seus trabalhos, sua casa e parentes para se dedicar à missão
no mundo. Atualmente, cerca de 230 famílias estão presentes em 52 cidades.
Assim,
precisamente em nome da Igreja, nossa Mãe, o Bispo de Roma fez algumas “recomendações
às 75 famílias” que estão para partir em missão:
“A primeira é ter o máximo
cuidado em edificar e manter a comunhão no seio das Igrejas particulares, onde irão
atuar. O Caminho Neocatecumenal tem seu carisma e dinâmica próprios, um dom que, como
todos os dons do Espírito, tem uma profunda dimensão eclesial: pôr-se à escuta da
vida das Igrejas, valorizando suas riquezas, sofrendo pelas suas fraquezas e caminhando
juntos, como único rebanho, sob a guia dos Pastores das Igrejas locais”.
A
comunhão, frisou o Papa, é essencial. Por isso, é preciso assegurar a unidade entre
os irmãos, que formam a única comunidade eclesial, da qual os enviados devem sempre
tomar parte. Depois, fez uma “segunda recomendação” às famílias que serão enviadas
em missão:
“Onde quer que estejam, saibam que o Espírito de Deus chega sempre
antes. Mesmo nos lugares mais distantes, nas culturas mais diferentes, Deus planta
sempre a semente do seu Verbo. Daqui brota a necessidade de fazer atenção ao contexto
cultural, no qual atuam. Muitas vezes, são ambientes bem diferentes dos próprios:
é preciso aprender a língua local, às vezes difícil, e adaptar-se à cultura. Trata-se
de um esforço que é imprescindível”.
Enfim, o Papa Francisco exortou as
famílias missionárias a conviver com amor. O próprio itinerário do Caminho Neocatecumenal
é exigente neste sentido. Em tal caso, o exercício da paciência e da misericórdia,
por parte da comunidade, é sinal de maturidade na fé e de liberdade.
Por isso,
o Pontífice concluiu seu discurso, encorajando e exortando as famílias, que partirão
em missão, a levar, sobretudo nos ambientes menos cristãos e nas periferias do mundo,
o Evangelho de Jesus Cristo:
“Evangelizem com amor, levando a todos o amor
de Deus. Digam aos que encontrarão em seu caminho missionário, que Deus ama o homem,
como ele é, com suas limitações, erros e pecados. Sejam mensageiros e testemunhas
da infinita bondade e inesgotável misericórdia do Pai”.
Por fim, o Bispo
de Roma confiou todas as famílias em missão à proteção da Virgem Maria, para que inspire
e sustente sempre seu apostolado. Na escola de Maria, nossa terna Mãe, vocês serão
missionários zelosos e jubilosos! (MT)