2014-01-29 18:17:58

A visita do Papa Francisco à Coréia atrai a atenção ao "século asiático", diz Pe. Piero Gheddo


Cidade do Vaticano (RV) – A viagem que o Papa Francisco deverá realizar a Coréia no mês de agosto, “acende os refletores” para o “século asiático” que estamos vivendo. Foi o que afirmou o Padre Piero Gheddo, missionário do Pontifício Instituto Missionário Exterior e Decano dos sacerdotes jornalistas italianos, no Prefácio do livro “Ásia, o desafio do terceiro milênio – os dez anos da Asianews”, editado pela Cantagalli.

“A Ásia – explica o religioso – chama a nossa atenção como um terreno de encontros (e conflitos) potencialmente destinados a mudar o mundo. São tantos, ainda, os objetivos a serem atingidos, sobretudo no campo da defesa da vida humana, da tutela dos direitos, da proteção do ambiente, da distribuição equitativa dos recursos”. “Por isto – continuou o sacerdote – o trabalho da Asianews torna-se cada vez mais importante por dar voz aos desejos, alegrias, dores e ânsias da Igreja e das populações da Ásia”.

A Asianews – agência de notícias do PIME dirigida pelo Padre Bernardo Cervellera – celebra com este volume suas duas primeiras décadas, comemoradas em outubro passado com uma Convenção intitulada “Dez anos da Ásia. Dez anos da Asianews” e com uma mensagem enviada ao Papa Francisco.

“Nestes anos, o site da Asianews, disponível em italiano, inglês, chinês e agora também em espanhol, representou uma fonte indispensável de informação para quem desejou permanecer atualizado e entender melhor a complexa vida social, política, econômica e religiosa do grande continente, tornado protagonista indiscutível deste século”, observou o sacerdote.

Na sua reflexão, o Padre Ghedo sublinhou que isto ocorreu, sobretudo, pela Asianews noticiar “os testemunhos dos cristãos da Ásia: personagens e histórias que mostram uma Ásia longe dos estereótipos, fonte de esperança e exemplo de sacrifícios corajosos e fecundos, como o martírio do Padre Ragheed, morto no Iraque, ou as violências sofridas pela Irmã Meena Barwa e Padre Thomas Chellan, nas perseguições em Orissa, assim como os apelos de Mohammed Chrstophe Bilek - que fala das dificuldades dos muçulmanos que se convertem ao cristianismo -, ou ainda de Bao Yuanjin, militante do Partido Comunista chinês e que se tornou sacerdote católico.

Mas também as histórias do Padre Kinley Tshering, único sacerdote católico butanês, de Dom Taddeo Ma Daquin, Bispo de Shanghai perseguido e preso, culpado pela obediência ao Papa e a de Enkh-Baatat, primeiro seminarista nas estepes da Mongólia.

“Hoje – concluiu o religioso do PIME – a Ásia nos desafia com as suas culturas, as suas religiões, as grandes contradições que atravessam, um aparente incessante desenvolvimento econômico circundado por grande pobreza, fundamentalismos e ditaduras de um lado e luta pela democracia e primaveras de liberdade por outro; e ainda as antiguíssimas tradições e mudanças repentinas movidas por um profundo desejo de renovação e evolução; e por fim, a missão determinante da Igreja entre sucessos de evangelização e dramáticas perseguições. E este volume procura traçar um panorama das sombras e luzes deste continente indecifrável pela grandeza e diversidade”. (JE)










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